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Gás Verde compra ENC Energy e investirá R$600 mi nos novos ativos

05/06/2023 18h18

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A produtora de biometano Gás Verde, do Grupo Urca Energia, comprou a portuguesa ENC Energy e suas oito térmicas a biogás, passando a atuar em mais cinco Estados brasileiros, e planeja investir 600 milhões de reais nesses ativos até 2026, informou a companhia em nota nesta segunda-feira.

O montante será empenhado para converter as térmicas adquiridas em unidades de biometano, que pode ser injetado diretamente na rede, por suas características mais próximas do gás natural fóssil. Os investimentos também englobarão ações de logística, ressaltou a empresa.

Com a operação, a Gás Verde afirmou que passará a processar de imediato 1 milhão de metros cúbicos/dia de biogás e estará também presente em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Maranhão.

A empresa operava até então apenas no Rio de Janeiro, onde produz 130 mil m³/dia de biometano a partir do Aterro Sanitário de Seropédica, o maior da América Latina.

O biometano é um gás de origem renovável que serve como substituto do gás natural, diesel e GLP, e que vem ganhando mais atenção diante da agenda de transição energética. Ele resulta do processamento do biogás, que por sua vez é obtido de resíduos orgânicos urbanos e agropecuários, como de aterros sanitários e da industria da cana.

A partir de investimentos já em curso, a Gás Verde prevê elevar a produção em Seropédica a 170 mil m³/dia de biometano ainda neste ano, chegando a 200 mil m³/dia em 2024.

Para 2025, já considerando ativos adquiridos, a companhia planeja alcançar no total a marca de 470 mil m³/dia de biometano e, em 2026, 580 mil m³/dia.

O biocombustível produzido pela Gás Verde em Seropédica abastece grandes indústrias, como a siderúrgica Ternium e a fabricante de bebidas Ambev, além de 40 postos de combustíveis no Estado do Rio.

Na semana passada, a companhia anunciou a assinatura de um memorando de investimentos com a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), controlada pela Brookfield, para viabilizar uma inédita injeção de biometano em rede de gasodutos no Brasil já no próximo ano, o que permitirá o primeiro transporte interestadual do gás renovável por meio de dutos.

(Por Marta Nogueira)