Governo relança Farmácia Popular e amplia acesso gratuito a medicamentos
BRASÍLIA (Reuters) - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva relançou nesta quarta-feira o programa Farmácia Popular, criado no primeiro governo do petista, com ampliação do atendimento e expansão do número de medicamentos que serão distribuídos de forma gratuita à população de baixa renda.
Além dos tratamentos para hipertensão, diabetes e asma, já distribuídos de forma gratuita, entraram na lista anticoncepcionais e remédios para osteoporose, que até então eram vendidos nas redes pela metade do preço. De acordo com dados do governo, esses medicamentos atendem hoje 5 milhões de mulheres, mas o número deve crescer com a gratuidade.
Outra ampliação no programa é a decisão do governo de permitir a todos os beneficiários do programa Bolsa Família, cerca de 55 milhões de pessoas, a retirada gratuita de todos os medicamentos distribuídos no Farmácia Popular.
O programa oferece remédios para 40 diferentes tratamentos, mas apenas hipertensão, diabete e asma -- e agora contracepção e osteoporose -- são gratuitos. Os demais são vendidos com descontos de 50% a 90% do preço de farmácias regulares.
Ao relançar o programa nesta quarta, em Pernambuco, Lula reclamou que o acusam de "gastar" dinheiro com os mais pobres e reafirmou que seu objetivo é atender prioritariamente essa população.
"Por isso, tenho dito que cuidar da saúde não é gasto. Os outros vão dizer que é gasto. Não estou gastando. Estou investindo dinheiro no pobre. Cuidar da saúde do povo é investimento. Uma pessoa sã, com saúde, está mais alegre, trabalha mais, produz mais, cuida melhor das coisas que tem que fazer", defendeu.
Criado em 2004 no primeiro governo de Lula, o Farmácia Popular inclui postos próprios de distribuição de medicamentos e o uso de farmácias privadas como locais de distribuição. Nos últimos anos, o programa teve seu orçamento reduzido. Para 2023, estavam previstos 800 milhões de reais, mas com a aprovação da PEC da Transição o valor foi ampliado para 3 bilhões de reais.
A previsão do governo é também ampliar o número de locais de atendimento, com 811 nos municípios, a maioria no Norte e no Nordeste, tendo sido habilitados para credenciar novos postos.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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