Samarco reduz emissões ao adotar coproduto de lavra de mármore em pelotas
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A mineradora Samarco atingiu índice de 30% de suas pelotas de minério de ferro com resíduos de lavra de mármore, após adotar o produto no início neste ano, em uma medida que agrega qualidade e ganhos ambientais, informou a companhia em comunicado nesta quarta-feira.
A alternativa complementar ao calcário utilizado no processo produtivo permite reduzir a emissão em 6,84 kg de CO2 por tonelada de pelota produzida, além de diminuir a disposição de resíduos de lavra de mármore no meio ambiente, informou a companhia, uma joint venture das mineradoras Vale e BHP.
Desde a homologação do coproduto de mármore, em outubro de 2022, a Samarco adquiriu mais de 21 mil toneladas do material, que está sendo utilizado como fundente e corretor de basicidade em pelotas pela Samarco. O uso desse material estava em teste desde 2019, antes de ser adotado em definitivo.
"Os benefícios são vários, como impactos positivos na qualidade da pelota e redução da emissão de dióxido de carbono e do consumo de combustível, garantindo a tranquilidade para trabalhar com o insumo", disse em nota a engenheira de processo, Ana Maria Bailon.
A engenheira destacou também que a tecnologia permite a redução do impacto ambiental da produção de rochas ornamentais nas comunidades próximas.
Segundo a Samarco, o Espírito Santo é o maior produtor de pelotas no Ocidente e responde por 80% da produção de rochas ornamentais no Brasil, que por sua vez é o quarto maior país produtor de rochas ornamentais do mundo.
O coproduto de mármore é química e fisicamente semelhante ao calcário consumido nas usinas de pelotização do Complexo de UBU (ES), explicou o gerente de engenharia de processo e automação da Samarco, Felipe Morato.
Em 2022, a companhia fechou o ano com produção de 8,3 milhões de toneladas de pelotas, acumulando cerca de 19,1 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério desde a retomada operacional ao final de 2020 até abril deste ano. Neste ano, a produção deverá fechar mais próxima de 9 milhões de toneladas.
(Por Marta Nogueira)
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