Comitê de derivativos decidirá se há um sucessor do Credit Suisse após conclusão da fusão
LONDRES (Reuters) - Um comitê que analisa as disputas no mercado de derivativos de créditos (CDS) disse nesta segunda-feira que foi solicitado a deliberar sobre a questão de se há um sucessor para o Credit Suisse.
O pedido chega no dia que o UBS completou sua aquisição de emergência do rival local, criando um banco suíço gigante com um balanço patrimonial de 1,6 trilhão de dólares e maior musculatura na gestão de patrimônio.
O painel CDS disse em seu site que aceitou a pergunta de um investidor e se reunirá na terça-feira às 10h (no horário de Brasília) para discuti-la.
Se ocorrer um evento de sucessão, o sucessor relevante se tornará uma entidade de referência para fins de CDS.
Um investidor observou que, nesse caso, o UBS se tornará a nova entidade de referência para os contratos de CDS do Credit Suisse Group, mas, a menos que haja um evento de crédito, os contratos de CDS não serão acionados e o UBS não será responsável.
As esperanças dos investidores de um pagamento pelos derivativos do Credit Suisse foram frustradas duas vezes pelo comitê, que disse que nem o chamado evento de crédito de intervenção do governo nem um evento de crédito de falência ocorreram.
A fusão orquestrada pelo Estado criará um grupo que supervisiona 5 trilhões de dólares em ativos, dando ao UBS uma posição de liderança em mercados-chave que, de outra forma, ele teria precisado de anos para alcançar, ao mesmo tempo em que encerra a história de 167 anos do Credit Suisse, marcada nos últimos anos por escândalos e perdas.
(Reportagem de Chiara Elisei)
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