Líder quilombola é assassinada na Bahia; governo federal acompanha investigações

BRASÍLIA (Reuters) - Uma líder quilombola foi assassinada a tiros na madrugada desta sexta-feira na região metropolitana de Salvador, o que levou o governo federal a acionar equipes dos Ministérios dos Direitos Humanos, Mulheres e Igualdade Racial para acompanhar a investigação.

Bernadete Pacífico, de 72 anos, era coordenadora nacional da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos e líder do quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (BA), onde morava. De acordo com a Secretaria de Segurança do Estado, dois homens usando capacetes entraram no terreiro de candomblé onde Bernadete morava, atiraram na ialorixá e fugiram.

Em nota, o governo federal informou que está acompanhando as investigações e irá enviar uma comitiva à Bahia "para realizar reunião presencial junto aos órgãos do Estado da Bahia e atendimento às vítimas e familiares e para garantir que seja garantida a proteção e defesa do território."

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, informou que equipes da Polícia Civil e da Polícia Pilitar foram enviadas à região para garantir a investigação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou suas redes sociais para lamentar o assassinato de Bernadete.

"Com pesar e preocupação soube do assassinato de Mãe Bernadete", escreveu. "O governo federal, por meio dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania, mandou representantes e aguardamos a investigação rigorosa do caso. Meus sentimentos aos familiares e amigos de Mãe Bernadete."

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

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