Dólar no exterior cai para mínima de seis semanas após dados de emprego dos EUA

Por Gertrude Chavez-Dreyfuss

NOVA YORK (Reuters) - O dólar recuou para o menor nível em seis semanas nesta sexta-feira, após dados terem mostrado que a maior economia do mundo criou menos empregos do que o esperado no mês passado, reforçando as expectativas de que o Federal Reserve deve manter os juros inalterados novamente na reunião de dezembro.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,93%, a 105,210, após ter caído anteriormente para 105,23, o nível mais baixo desde 20 de setembro. O índice estava a caminho da maior queda diária desde julho.

O euro tinha alta de 0,91%, a 1,0717 dólar.

Os dados mostraram que foram criados 150 mil empregos fora do setor agrícola no mês passado. Os números de setembro foram revisados para mostrar 297 mil empregos criados em vez dos 336 mil divulgados anteriormente.

"A desaceleração (do emprego) provavelmente manterá o Fed em pausa daqui para frente. Uma de suas principais preocupações tem sido uma economia superaquecida, especialmente após o crescimento do PIB no último trimestre, e isso sugere que o problema está desaparecendo", disse Brad McMillan, chefe diretor de investimentos, na Commonwealth Financial Network.

"Um crescimento mais lento ainda é crescimento, e este relatório sobre o emprego ainda está no ponto ideal. Vemos sinais, no entanto, de que mais fraqueza pode estar à frente", acrescentou.

Em relação ao iene, o dólar caía 0,6%, para 149,53 ienes , culminando uma semana turbulenta, em que a moeda japonesa atingiu a mínima de um ano em relação ao dólar e a mínima de 15 anos em relação ao euro.

A queda do iene ocorreu depois que o Banco do Japão ajustou sua política de controle da curva de rendimentos na terça-feira, mas não tanto quanto os mercados esperavam.

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O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, continuará desmantelando a política monetária ultrafrouxa e procurará sair do regime de uma década no próximo ano, informou a Reuters na quinta-feira, de acordo com seis fontes familiarizadas com o pensamento da entidade.

A libra apreciava 1,20%, a 1,2347 dólar.

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