Goldman Sachs ajusta previsões e corta preço-alvo de B3
(Reuters) - Analistas do Goldman Sachs revisaram projeções para a B3 e cortaram o preço-alvo das ações para 14,5 ante 14,8 reais, enquanto reiteraram recomendação "neutra" para os papéis, conforme relatório a clientes nesta terça-feira.
Eles agora veem a empresa de infraestrutura de mercado encerrando o ano com receita líquida de 8,942 bilhões de reais e lucro líquido recorrente de 4,227 bilhões de reais. Antes, previam 9,115 bilhões e 4,312 bilhões de reais, respectivamente.
Para 2024, a estimativa de Tito Labarta e equipe para a receita passou de 10,329 bilhões para 9,733 bilhões de reais e a projeção para o lucro líquido recorrente mudou de 4,852 bilhões para 4,808 bilhões de reais.
Em relação às margens, a previsão da margem Ebitda em 2023 melhorou de 71,6% para 72,3%, mas para 2024 passou de 72,2% para 72,1%. Para a margem operacional, a perspectiva passou de 59,8% para 60,2% em 2023 e de 61,6% para 64,8% no próximo ano.
Eles também calculam que o volume médio negociado no segmento Bovespa alcance 25,378 bilhões de reais em 2023, abaixo da previsão anterior, de 26,758 bilhões de reais. Para 2024, a estimativa passou de 30,515 bilhões a 27,682 bilhões de reais.
No mesmo relatório, os analistas citam encontro com o CFO da B3, Andre Milanez, e com o diretor de relações com investidores, Leandro Rissato, citando que os assuntos tratados foram as tendências de volume e a integração com a Neoway e a Neurotech.
"Apesar de volumes possivelmente não aumentarem significativamente até que o juro (Selic) caia abaixo de 10%, a administração acredita que as aquisições ainda podem ser adicionar valor e está focada em extrair sinergias no lado dos custos e das receitas", relataram os analistas.
"Além disso, (a administração) continua empenhada em devolver capital aos acionistas sob a forma de dividendos e recompras."
Na visão da equipe do Goldman Sachs, a ação é uma opção defensiva e com geração de caixa saudável, "porém, pode estar dependente da recuperação dos volumes, o que está fora do controle da administração".
Em novembro, as ações da B3 acumulam alta ao redor de 17%, mas em 2023 ainda contabilizam acréscimo de cerca de 1% apenas. Nesta terça-feira, por volta de 12:30, os papéis recuavam 0,84%, a 13 reais, enquanto o Ibovespa cedia 0,63%.
(Por Paula Arend Laier)
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