Cidades do RJ vão entrar com ação civil pública contra Enel, dizem prefeitos

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As 66 cidades atendidas pela Enel no Estado do Rio de Janeiro vão entrar com uma ação civil pública conjunta contra a distribuidora de energia, para cobrar uma melhor prestação de serviços e a elaboração de um plano de contingência, informaram os prefeitos nesta segunda-feira.

A Enel disse que não vai comentar a iniciativa das prefeituras fluminenses.

No fim de semana retrasado, um temporal causou problemas nas redes de energia e deixou milhares de pessoas sem luz nas cidades de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O fornecimento só foi normalizado na última quinta-feira, segundo a empresa.

Os representantes das 66 cidades, que se reuniram nesta segunda-feira em Niterói para discutir questões relacionadas à Enel, alegam que problemas na área de concessão são recorrentes e já se arrastam há anos.

Os prefeitos também mostraram preocupações com a forte onda de calor no país e com a proximidade do verão, e suas consequências na distribuição de energia.

No evento, uma carta com o pedido de ação civil pública foi assinada por eles para ser enviada ao Ministério Público.

A Enel atende cerca de 3 milhões de clientes no Estado e negocia a renovação da concessão que vence em 2026

"Estamos nos aproximando da data de uma mudança na concessão, programada para 2026, e é de extrema importância que os municípios participem ativamente desse processo", disse o prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT)

"Precisamos progredir no fornecimento adequado de energia, aumentar a velocidade de resposta da concessionária e melhorar o aterramento da fiação, entre muitos outros problemas comuns enfrentados", acrescentou.

Continua após a publicidade

Após a reunião, os prefeitos assinaram cartas de repúdio que serão encaminhadas ao poder concedente, ao Ministério de Minas e Energia, e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Edição de André Romani)

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.