Emergent Cold, de logística, planeja aporte adicional de cerca de US$175 mi no Brasil

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Por Patricia Vilas Boas

SÃO PAULO - A operadora logística de armazéns refrigerados Emergent Cold LatAm planeja investir no Brasil mais cerca de 175 milhões de dólares nos próximos 12 a 18 meses, disse à Reuters o presidente-executivo e cofundador da empresa, Neal Rider, na quinta-feira.

A Emergent Cold captou 500 milhões de dólares no final de outubro, em rodada de investimento liderada pela gestora norte-americana Stonepeak e assessorada pelo JPMorgan, mas que ainda não havia sido divulgada. Desse montante, cerca de 35% deve ser direcionado para o Brasil, de acordo com Rider.

Esse valor soma-se aos 65 milhões de dólares em caixa já previstos para investimento no país nesse mesmo período, além de 180 milhões investidos nos anos de 2021 e 2022.

A fornecedora de serviços de armazenamento e transporte refrigerado de alimentos já havia levantado 450 milhões de dólares em 2021 e 250 milhões em 2022, em rodadas também lideradas pela Stonepeak, disse ele.

A projeção é que, com os novos investimentos, a empresa alcance dentro dos próximos 12 a 18 meses um total de 1,2 bilhão de dólares aportados na América Latina desde o início de sua operação, sendo 420 milhões somente no Brasil.

"Até agora, em 2021 e 2022, grande parte dos nossos investimentos foi direcionada para a aquisição das melhores empresas de armazenamento refrigerado que pudemos encontrar em cada país", disse o Rider, fazendo referência às cerca de 14 aquisições realizadas nos últimos dois anos.

No Brasil, a Emergent Cold comprou as empresas de armazenamento e logística Martini Meat e DMX, além de ativos da Reiter.

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"Agora que temos toda essa plataforma de gestão e equipes no lugar, nosso foco está se deslocando muito mais fortemente para investir em novas instalações e desenvolvimento de capital."

Segundo o executivo, a estratégia para o aporte é reforçar o plano de expansão e consolidação da empresa na região a partir de uma combinação de aquisições e desenvolvimento de operações já existentes.

"Vamos continuar considerando qualquer oportunidade (de aquisição) que surgir no Brasil. Enquanto isso, nos concentraremos em novos desenvolvimentos. Temos vários novos empreendimentos planejados para o Brasil", disse ele, sem detalhar.

Em setembro, a empresa comprou uma área de armazenamento da canadense Brookfield em Guarulhos (SP) por um valor não divulgado, empreendimento que, segundo Rider, está em processo de expansão.

"Estamos otimistas de que podemos fazer mais com a Brookfield no futuro", acrescentou. "Vamos continuar explorando oportunidades semelhantes àquela que adquirimos da Brookfield ... vamos expandir significativamente, além do que compramos da Brookfield, e adoraríamos realizar mais projetos com eles."

O executivo também disse manter conversas com as principais produtoras de alimentos no Brasil e na América Latina, incluindo grandes companhias de processamento de carne como JBS e Marfrig, além de planos de expansão global. "Já realizamos algum nível de negócios com todos eles."

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Com quase 1.000 funcionários no Brasil e cerca de 3.500 na América Latina, a Emergent Cold LatAm está presente em 11 países, incluindo Panamá, República Dominicana, Colômbia, Peru, Chile, Uruguai e Paraguai.

A operação brasileira está concentrada nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo - onde está localizada a sede.

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