JetBlue busca cortes de custos mais profundos após previsão de receita menor

Por Rajesh Kumar Singh e Shivansh Tiwary

(Reuters) - A JetBlue Airways disse nesta terça-feira que está avaliando cortes mais profundos no orçamento, depois que a empresa previu uma queda na receita e custos mais altos no primeiro trimestre em meio a uma demanda irregular por viagens.

A companhia aérea norte-americana está avaliando suas opções depois que um juiz dos Estados Unidos bloqueou a compra da empresa Spirit Airlines por 3,8 bilhões de dólares.

Em uma ação judicial conjunta na segunda-feira, JetBlue e Spirit buscaram um recurso acelerado com o objetivo de reverter a decisão do tribunal de primeira instância, dizendo que a decisão "desconsidera os benefícios da transação para a maioria do público que voa".

O presidente-executivo da JetBlue, Robin Hayes, que está de saída da companhia, disse que o acordo de fusão continua em vigor. "A menos que o acordo de fusão seja rescindido, a JetBlue continuará a cumprir integralmente todas as suas obrigações", disse Hayes na teleconferência de resultados da empresa.

Muitos analistas, entretanto, estão questionando os méritos do acordo em meio a preocupações crescentes com as finanças da Spirit, uma companhia de custo ultrabaixo.

Enquanto isso, as grandes oscilações na demanda por viagens entre os períodos de pico e fora de pico estão forçando as companhias aéreas norte-americanas a ajustarem suas malhas, apesar da demanda geral continuar forte. O excesso de capacidade do setor no mercado doméstico enfraqueceu o poder de fixação de preços das passagens.

A Southwest Airlines disse na semana passada que cortou mais voos às terças e quartas-feiras, quando o volume de passageiros tende a ser menor.

A JetBlue disse que transferirá a capacidade de baixo desempenho para os mercados populares e de lazer premium.

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"A demanda durante os períodos de pico continua forte e nós adequamos melhor nossa capacidade durante os períodos de baixa demanda", disse Joanna Geraghty, nova presidente-executiva da JetBlue.

A companhia aérea também está lidando com problemas relacionados aos motores Geared Turbofan, da Pratt and Whitney. Atualmente, a companhia aérea tem sete aeronaves fora de serviço e espera-se que esse número fique entre 13 e 15 até o final de 2024.

A JetBlue espera que a receita do primeiro trimestre caia entre 9% e 5%, enquanto o faturamento do ano deve ficar estável em comparação com 2023.

A JetBlue disse ainda que adiará cerca de 2,5 bilhões de dólares em investimentos planejados para aeronaves até 2028 ou mais tarde, acrescentando que também está avaliando "cuidadosamente" cortes mais profundos nos custos que pode controlar.

A empresa divulgou um prejuízo ajustado de 0,19 dólar por ação no quarto trimestre, em comparação com um prejuízo de 0,28 dólar esperado por analistas, segundo dados da LSEG.

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