Associação de companhias aéreas discute custos com governo
Por Gabriel Araujo
SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), grupo que representa as companhias aéreas, se reuniu nesta semana com autoridades do governo federal para discutir medidas visando redução de custos para o setor no país.
Até agora, as iniciativas do governo para a indústria incluíram linhas de crédito para financiar manutenção de motores e planos para estruturar um fundo de até 6 bilhões de reais para ajudar as empresas do setor.
"Precisamos que o governo ajude o setor", disse à Reuters o vice-presidente regional da Iata para as Américas, Peter Cerdá, antes de se reunir com o vice-presidente Geraldo Alckmin e outros ministros.
"É fundamental", disse ele, observando que companhias aéreas dos Estados Unidos e da Europa receberam apoio do governo.
As principais empresas do Brasil enfrentaram dificuldades nos últimos, especialmente anos após a pandemia.
A LATAM Airlines saiu da recuperação judicial em 2022, enquanto a Gol entrou com pedido semelhante nos EUA no mês passado. A Azul reestruturou sua dívida em 2023.
A Iata já havia solicitado ao governo federal e à Petrobras que ajustassem a forma como o combustível de aviação é precificado no Brasil para reduzir os custos, mas a estatal tem resistido à proposta.
A Petrobras, que é responsável pela maior parte da atividade de refino do país, afirma que vem reduzindo os preços desde o ano passado e que o mercado brasileiro está aberto à livre concorrência.
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