Mercadante defende crédito do BNDES a cias aéreas via fundo garantidor
Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, defendeu nesta quinta-feira ajuda às companhias aéreas brasileiras e afirmou que o banco pode ofertar crédito a elas desde que seja criado um fundo garantidor com recursos da União.
Em janeiro, a Gol apresentou um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos e tem negociado com credores recebimento adicional de recursos e termos mais flexíveis de arrendamento de aeronaves.
"O país é continental e precisa ter empresas aéreas...Temos empresas nacionais que são parceiras importantes da Embraer e temos parceria histórica com a Embraer", disse o presidente do BNDES a jornalistas em evento na sede do banco.
"Essas empresas (aéreas) vinham bem até a pandemia e no pós-pandemia vão bem em faturamento, número de passageiros e viagens, mas aviões ficaram no chão (na pandemia) tendo que pagar taxas, profissionais e leasing. Tudo isso impactou", acrescentou.
Mercadante demonstrou disposição em ofertar linhas de crédito às companhias aéreas brasileiras desde que apresentem garantias. O presidente do BNDES defendeu a criação de um fundo garantidor de crédito, com recursos da União, para viabilizar os financiamentos do banco para o setor.
"Há várias discussões em andamento esperando uma decisão para se encontrar o caminho eficiente para poder oferecer crédito", disse ele, acrescentando que quem definirá o tamanho do fundo garantidor será o governo.
Na próxima semana, o BNDES deve divulgar seu resultado em 2023, mas Mercadante antecipou que o volume total de crédito do banco cresceu 35 bilhões de reais ante 2022, totalizando 515,1 bilhões.
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