Prio olha oportunidades de investimentos no Golfo do México, diz CEO
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A petroleira brasileira PRIO está atenta a oportunidades de compra de ativos na parte americana do Golfo do México e prevê que um eventual movimento nesta direção poderia ocorrer em um horizonte de 18 meses, afirmou o presidente Roberto Monteiro, nesta quarta-feira.
"Um lugar que a gente sempre teve muita curiosidade é o Golfo do México, parte americana... A gente tem olhado algumas coisas interessantes, algumas oportunidades", afirmou Monteiro, a jornalistas, nos bastidores do congresso de petróleo e gás ROG.e.
Ao participar de um painel no evento, Monteiro disse no palco que a compra de ativos dentro do Brasil "pode ter certo limite", pontuando que a PRIO adquiriu nos últimos anos no país ativos não só da Petrobras, como das petroleiras Chevron e BP.
Para o momento, o executivo afirmou que o foco está nas negociações com a chinesa Sinochem para a aquisição de fatia no campo Peregrino, que alcançou no ano passado uma produção de 110.000 barris de petróleo por dia.
"A gente sempre gostou desse campo de Peregrino, um campo próximo do nosso... estaria dentro da nossa estratégia de crescimento, e isso sempre chamou a nossa atenção.. Esse processo está acontecendo já há algum tempo, o processo de venda pelo lado do Sinochem, e a gente tem interesse em participar, e está participando."
A Prio anunciou nesta quarta-feira que está negociando com a chinesa Sinochem a aquisição de participação no campo Peregrino.
Do lado da produção, a companhia aguarda licença da reguladora ANP para iniciar perfurações no campo de Wahoo, onde espera produzir seu primeiro óleo no primeiro semestre do ano que vem.
O campo, que deverá ter quatro poços produtores e dois injetores, tem previsão de investimentos de 800 milhões de dólares, ressaltou.
"(Wahoo) é um campo que conecta com o (campo de) Frade, que vai trazer 40 mil barris de óleo (por dia) para a companhia, em cima da mesma estrutura já existente, então é ótimo do ponto de vista de pegada de carbono, de custo, de eficiência, de tudo", ressaltou.
Monteiro destacou ainda que a Prio é uma companhia "puro sangue", que não prevê investir em energia eólica ou solar.
(Por Marta Nogueira e Fábio Teixeira)
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