Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA têm alta moderada

WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou marginalmente na semana passada, sugerindo que não houve mudança significativa nas condições do mercado de trabalho e reforçando a visão de que os furacões e as greves resultaram na quase estagnação do crescimento do emprego em outubro.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 3.000, para 221.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 2 de novembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 221.000 pedidos para a última semana.

O crescimento do emprego desacelerou acentuadamente no mês passado, com a criação de apenas 12.000 vagas de emprego fora do setor agrícola, o menor número desde dezembro de 2020.

Isso se alinhou com um salto nos pedidos de auxílio no início de outubro, quando o furacão Helene interrompeu a atividade econômica na região sudeste dos EUA. Os pedidos permaneceram elevados até meados do mês passado, depois que o furacão Milton atingiu a Flórida.

Uma greve dos trabalhadores da fábrica da Boeing, que forçou a fabricante de aviões a implementar licenças contínuas, também pesou sobre o emprego em outubro. As interrupções causadas pelos furacões quase desapareceram e os trabalhadores em greve voltaram ao trabalho depois de concordarem com um novo contrato esta semana, abrindo caminho para uma aceleração no crescimento do emprego em novembro.

Os economistas esperam que as autoridades do Federal Reserve não deem muita ênfase ao relatório de emprego de outubro ao avaliarem a situação da economia. A expectativa é de que o banco central dos EUA corte novamente nesta quinta-feira sua taxa de juros básica, desta vez em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 4,50% a 4,75%.

(Reportagem de Lucia Mutikani)