Consumidores dos EUA veem inflação e risco de inadimplência de dívidas mais baixos, mostra pesquisa do Fed de NY

(Reuters) - Consumidores norte-americanos ficaram mais confiantes em outubro de que a inflação continuará a diminuir e na saúde do mercado de trabalho e, pela primeira vez em cinco meses, viram um risco menor de inadimplência em suas dívidas, mostrou uma pesquisa do Federal Reserve de Nova York nesta terça-feira.

Famílias consideraram, em média, que a inflação no próximo ano será de 2,9%, abaixo dos 3,0% registrados em setembro e a menor estimativa de aumento de preços no curto prazo em quatro anos, de acordo com a Pesquisa Mensal de Expectativas do Consumidor do Fed de Nova York. As expectativas de inflação também caíram nos horizontes de três e cinco anos -- para 2,5% e 2,8%, respectivamente.

É provável que essas constatações sejam bem recebidas pelo Fed, que trabalha para manter as pressões dos preços contidas e as expectativas de inflação ancoradas, enquanto continua sua mudança de política monetária para a redução da taxa básica de juros.

A pesquisa também mostrou uma melhora nas expectativas em relação ao mercado de trabalho e às condições de crédito das famílias.

A probabilidade percebida de que a taxa de desemprego será maior daqui a um ano caiu para 34,5%, o menor nível desde fevereiro de 2022, e os consumidores estimaram a probabilidade de perder o próprio emprego nos próximos 12 meses em 13%, o patamar mais baixo desde janeiro.

Enquanto isso, a probabilidade estimada de encontrar uma nova vaga em caso de perda de emprego melhorou para 56%, a mais alta em um ano, com o aumento de 3,3 pontos percentuais em relação a setembro sendo o maior desde maio de 2021.

A taxa de desemprego dos EUA de 4,1% em outubro permaneceu em um nível historicamente baixo, embora o ritmo de criação de empregos tenha diminuído no último ano.

Com a queda da taxa de juros, a redução do crescimento dos preços e as expectativas de continuidade do dinamismo do mercado de trabalho, o risco estimado de inadimplência dos consumidores em relação a suas dívidas melhorou pela primeira vez desde maio.

A probabilidade estimada de deixar de pagar um mínimo mensal da dívida no próximo ano caiu para 13,9%, diminuindo de seu nível mais alto desde maio de 2020 em setembro. As percepções sobre o acesso ao crédito também melhoraram, segundo a pesquisa.

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(Por Dan Burns)

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