Com bom resultado na semana, exportação passa importação pela 1ª vez no ano
A balança comercial brasileira continuou melhorando na segunda semana de junho e, pela primeira vez desde o ano passado, reverteu o saldo negativo acumulado entre exportações e importações. Na semana passada, as trocas comerciais foram superavitárias em US$ 678 milhões, informou nesta segunda-feira (15) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Com isso, o resultado no ano passou a ser positivo em US$ 349 milhões.
O resultado na segunda semana de junho foi obtido com US$ 4,588 bilhões em exportações e US$ 3,910 bilhões em importações. No acumulado do mês, o superávit é de R$ 2,654 bilhões.
A média diária das exportações subiu 0,4% no acumulado de junho deste ano ante o mês inteiro no ano passado, passando de US$ 1,023 bilhão para US$ 1,028 bilhão. Esse resultado se deve a uma alta na venda de produtos manufaturados, influenciada significativamente pela venda de uma plataforma de petróleo na primeira semana do mês.
Os bens manufaturados tiveram alta de 15% nessa comparação. A média diária das vendas desses produtos ao exterior passou de US$ 337,2 milhões em junho de 2014 para US$ 387,7 milhões nas duas primeiras semanas deste mês. Esse resultado foi influenciado pelas maiores vendas de plataforma para extração de petróleo, suco de laranja não congelado, torneiras/válvulas, óxidos e hidróxidos de alumínio, polímeros plásticos, laminados planos, veículos de carga, açúcar refinado e autopeças.
Os produtos básicos tiveram uma queda de 6,2% na média diária até a segunda semana de junho quando comparada com todo o sexto mês de 2014, ao passar de US$ 543,1 milhões na média de junho de 2014 para US$ 509,6 milhões no acumulado deste mês. As principais quedas foram nas vendas de minério de ferro, farelo de soja, carne suína e bovina, café em grão e fumo em folhas.
Já os semimanufaturados tiveram queda de 8,2% ao passar de US$ 117 milhões em junho de 2014 para US$ 107,4 milhões na média diária do acumulado deste mês. Essa baixa foi encabeçada por alumínio em bruto, ferro-ligas, óleo de soja em bruto, ferro fundido, açúcar em bruto e semimanufaturados de ferro/aço.
As importações, por sua vez, caíram 19,1% na mesma comparação ao sair de US$ 906 milhões para US$ 732,8 milhões. Nesse comparativo, caíram os gastos principalmente com combustíveis e lubrificantes (-41,5%), veículos automóveis e partes (-17,6%), equipamentos mecânicos (-15,7%), aparelhos eletroeletrônicos (-15,5%) e farmacêuticos (-15,4%).
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