Indústria paulista fechou 235 mil vagas em 2015, aponta Fiesp
O nível de emprego na indústria paulista registrou queda de 9,26% em 2015, com fechamento de 235 mil postos de trabalho. O desempenho é o pior da série, que começa em 2006, e duas vezes mais negativo do que o registrado na crise de 2009, quando o setor perdeu 112,5 mil vagas no Estado, segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Só em dezembro, o saldo foi negativo em 53,5 mil postos de trabalho, uma retração de 2,26% no volume de emprego, de acordo com o dado sem ajuste do indicador da Fiesp, e de 0,5% na série dessazonalizada.
Também pela primeira vez desde 2006, todos os 22 setores acompanhados pelo levantamento tiveram desempenho negativo. Em valores absolutos, o ramo de veículos automotores, reboques e carrocerias foi o que mais perdeu maior número de postos de trabalho, 33,2 mil, seguido pelo de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com 33,1 mil.
A indústria de máquinas e equipamentos cortou 28,5 mil empregos, e a de confecção de artigos de vestuário e acessórios, 21,1 mil.
Entre as regiões, o emprego em Santo André, na Grande São Paulo, foi o mais afetado, com uma queda de 16,94% no número de empregados, consequência principalmente de demissões nos setores de máquinas e equipamentos (-36,79%) e de veículos e autopeças (-24,55%).
Diadema registrou perdas de 15,67% no ano, diante do fechamento de postos nas indústrias de produtos de metal (-26,05%) e de veículos e autopeças (-24,07%).
O Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp estima fechamento de outras 165 mil vagas em 2016, uma queda de 6% no nível de emprego.
Para Guilherme Moreira, gerente do Depecon, a desvalorização do real frente ao dólar pode trazer um pouco de alento ao setor. "Mas a forte queda da demanda doméstica não garante perspectiva de que 2016 recupere os empregos perdidos em 2015".
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