Emprego na indústria cai pelo 11º mês seguido
A queda de 0,4% no emprego industrial entre outubro e novembro de 2015 foi o 11º resultado negativo consecutivo e levou o número de trabalhadores na indústria ao menor patamar desde dezembro de 2000, início da série histórica da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o gerente da coordenação de indústria do IBGE, André Luiz Macedo, o novo recuo é reflexo de "uma atividade industrial negativa de já há algum tempo e o emprego industrial acompanha esse ritmo". O ano de 2015, afirma, "foi marcado por um comportamento negativo e com taxas bem acentuadas".
O IBGE observou que a folha de pagamento real teve baixa de 2,2% no mês em novembro e redução de 10,6% no confronto com o penúltimo mês de 2014, queda recorde na série histórica. No acumulado do ano, o indicador cedeu 7,5% e, em 12 meses, declinou 7,1%. Com menos trabalhadores empregados na indústria, apontou Macedo, há menos pagamentos de salários e benefícios, empurrando para baixo a folha de pagamento.
Porém, apontou o gerente do IBGE, "mesmo que ocorra uma recomposição de vagas há uma perda real de renda, as negociações não deram ganhos reais de salário aos trabalhadores". "Com corte de jornadas e da produção, o poder de barganha desse trabalhar cai bastante", considerou.
O levantamento trouxe ainda que o número de horas pagas na indústria caiu 0,2% entre outubro e novembro. Na comparação com igual mês de 2014, as horas pagas recuaram 7,7%. São 30 taxas seguidas de queda na comparação com igual mês do ano anterior. No penúltimo mês de 2015, a retração foi generalizada - todos os 18 ramos pesquisados apontaram redução. O resultado acumulado do ano apontou para baixa 6,6% e em 12 meses, queda de 6,5%.
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