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Dólar cai para R$ 3,47 apesar da pesada atuação do BC

13/04/2016 17h50

A pesada atuação do Banco Central no mercado de câmbio não conseguiu, mais uma vez, segurar a queda da moeda americana, que fechou em baixa frente ao real pelo quarto pregão consecutivo. Investidores ajustam as posições e reduzem a posição em dólar na medida em que o cenário de impeachment da presidente Dilma Rousseff ganha força.

O dólar comercial caiu 0,40%, encerrando a R$ 3,4757. Já o contrato futuro para maio recuou 0,14% para R$ 3,507.

O BC voltou a atuar de forma agressiva no mercado, vendendo 105 mil contratos de swap cambial reverso, que equivale a uma compra futura de dólar de US$ 5,250 bilhões, de um total de 180 papéis ofertados por meio da realização de cinco leilões.

O BC iniciou o primeiro leilão ofertando 80 mil contratos de swap reverso, o dobro do ofertado no primeiro leilão realizado ontem.

Ontem, o BC vendeu 160 mil contratos, que somaram US$ 8 bilhões.

A autoridade monetária tem aproveitado a menor demanda por hedge cambial para acelerar o desmonte do estoque em contratos de swap cambial tradicional e reduzir a volatilidade no mercado de câmbio.

Ontem, o desmonte de posições compradas em dólar na BM&F foi liderado por empresas não financeiras, que venderam o equivalente a US$ 2,61 bilhões, o que foi determinante para que o dólar fechasse em baixa mesmo depois da intervenção recorde do Banco Central.

O que tem levado os investidores a reduzirem a posição em dólar é a perspectiva de mudança de governo e de política econômica para um viés de maior austeridade fiscal, em meio a um ambiente externo mais favorável à aplicação em ativos de risco.

O mercado segue se ajustando à crescente expectativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A chance cresceu depois de ontem o PP, partido com terceira maior bancada na Câmara, ter rompido com o governo. O PRB também votará a favor do impeachment, e a maioria do PTN já se diz favorável à saída da presidente. Essa debandada endossa a leitura de que o governo está perdendo apoio de partidos menores, com os quais conta para barrar o processo de impeachment, cuja votação no plenário da Câmara está prevista para 17 de abril.