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Dólar fecha em alta com atuações do BC, mas cai 2,02% na semana

15/04/2016 18h05

O dólar fechou em alta frente ao real pelo segundo pregão consecutivo, amparado pelas intervenções do Banco Central no mercado de câmbio e pela movimento de valorização da moeda americana frente às divisas emergentes no exterior.

A autoridade monetária voltou a atuar de maneira mais agressiva por meio da venda de contratos de swap cambial reverso, que equivalem a compra de dólares no mercado futuro. O BC vendeu hoje 88.500 contratos de swap cambial reverso, que totalizaram US$ 4,425 bilhões por meio de três leilões.

Com isso, o dólar comercial subiu 1,37% e fechou a R$ 3,5251. A moeda americana cai 2,02% na semana e acumula desvalorização de 2,03% no mês. No ano, a moeda americana cai 10,90%.

No mercado futuro, o contrato para maio avançava 1,10% para R$ 3,54.

O BC tem aproveitado a disposição dos investidores em reduzir as posições compradas na moeda americana para acelerar a redução do estoque em contratos de swap cambial tradicional, que foram vendidos para oferecer hedge cambial aos agentes do mercado, e comprou o equivalente a US$ 24,825 bilhões por meio de contratos de swap cambial reverso no mês. Com isso, quando esses contratos forem liquidados, o estoque nesses derivativos cambiais, recuará para US$ 76,025 bilhões, menor patamar desde janeiro de 2014.

Os investidores vêm ajustando as posições antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, prevista para o domingo.

O avanço do número de deputados a favor do impeachment levou o mercado a aumentar as apostas na mudança de governo nesta semana.

O mercado reagiu positivamente nesta sexta-feira à notícia de que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou todas as cinco ações apresentadas pelo governo e seus aliados contra o processo. Todas foram rejeitadas, inclusive a que contestava a ordem de votação estabelecida pelo deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara. Assim, haverá alternância na chamada dos deputados entre os estados do Norte e do Sul. Os Estados do Nordeste ficarão por último.