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Dólar abre em queda ante real e tem mínima em quase duas semanas

14/07/2016 09h56

O dólar segue ladeira abaixo nesta quinta-feira, registrando mínimas em quase duas semanas, abaixo de R$ 3,23, em mais um dia de amplo apetite por risco no exterior. Ainda predomina no mercado internacional a ideia de que os bancos centrais colocarão mais dinheiro no sistema financeiro, fluxo que pode migrar para países que oferecem juros mais altos, caso do Brasil.

Como ontem, o dólar cai a despeito de o Banco Central (BC) ter programado outro leilão de 10 mil contratos de swap cambial reverso.

No mercado de renda fixa, as taxas também caem, mas em ritmo mais moderado. Entre os vencimentos curtos, pesa o índice de atividade econômica do BC de maio, mais fraco que o esperado. Na ponta mais longa, prevalece a melhora global do sentimento, que reduz prêmios de risco de longo prazo. As taxas podem sofrer alguma pressão de alta no fim da manhã com o leilão de prefixados do Tesouro Nacional.

Às 9h47, o dólar comercial cedia 1,23%, saindo a R$ 3,2330. a mìniam, marcou R$ 3,2255, menor patamar intradia desde 1º de julho (R$ 3,1964).

O DI janeiro de 2021 recuava a 11,980% ao ano, frente a 12,040% no ajuste da véspera. Na mínima, foi a 11,930%, reaproximando-se de níveis vistos pela última vez em dezembro de 2014.

O DI janeiro de 2018 - que concentra as expectativas para a política monetária de hoje até dezembro de 2017 - cedia a 12,640%, contra 12,680% no último ajuste.

Já o DI janeiro de 2017 - mais sensível às expectativas para a política monetária para o período de hoje até dezembro - tinha taxa de 13,845%, em relação a 13,855% no ajuste anterior.

A eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados tende a ser bem vista pelo mercado, já que é Maia é próximo do presidente interino, Michel Temer, e, portanto, pode tocar uma agenda mais pró-governo dentro da Casa. Maia superou Rogério Rosso (PSD-DF) - tido como o preferido de Temer e apoiado pelo "centrão" - e Marcelo Castro (PMDB-PI), apoiado por uma ala do PMDB insatisfeita com Temer e pela cúpula do PT.

O desafio de Temer agora é identificar os focos de insatisfação dentro do chamado "centrão" e garantir que essa ala não traga dificuldades à aprovação de medidas de ajuste fiscal que passem pelo Congresso Nacional.