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Dólar sobe pelo segundo dia consecutivo, com ajuste de posições

14/09/2016 19h31

O dólar fechou em alta frente ao real pelo segundo pregão consecutivo, refletindo a continuação do ajuste de posições dos investidores globais , que têm buscado reduzir as alocações em ativos de maior risco antes da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) e do Banco do Japão (BoJ).

O dólar comercial subiu 0,80%, cotado a R$ 3,3420, renovando pelo segundo pregão o maior patamar desde 7 de julho. Já o contrato para outubro avançava 0,98% para R$ 3,362.

No caso do real, as atuações do Banco Central no câmbio, por meio de swaps cambiais reversos, e a redução das posições vendidas na moeda americana contribuíram para acentuar o movimento no mercado local, levando o real a descolar dos seus pares emergentes.

Apesar da maior parte do mercado não esperar uma alta da taxa básica de juros americana em setembro, o temor é de que o Federal Reserve adote uma postura mais "hawkish" indicando a possibilidade de um aperto monetário no curto prazo.

Investidores também estão de olho na reunião do Banco do Japão (BoJ). Dúvidas sobre a ampliação do programa de compra de ativos no Japão para estimular a recuperação da economia contribuíram para aumentar a aversão a risco desde o fim da semana passada.

Notícias divulgadas nesta quarta-feira apontavam que o BoJ planeja focar na ampliação da flexibilização da política monetária ao invés de ampliar a injeção de recursos no mercado que, na avaliação da autoridade japonesa, pode estar no limite da eficácia.

Nesse cenário, os investidores locais, que mantinham posições grandes vendidas em dólar esperando um aumento do fluxo de investimentos estrangeiros, acabaram tendo de reduzir suas alocações, o que acentuou a alta do dólar no mercado local.

Nesse cenário, o Banco Central (BC) reduziu pela metade a oferta de contratos de swap cambial reverso e vendeu apenas 5 mil contratos no leilão realizado hoje, operação equivalente a uma compra de US$ 250 milhões.

Lá fora, a moeda americana recuou frente a maior parte das moedas emergentes, movimento suportado pela recuperação dos preços do petróleo, após o dado de estoque de petróleo nos Estados Unidos, que mostrou uma queda em 559 mil barris na semana passada, para 510,798 milhões, surpreendendo o mercado que esperava uma alta de 3,8 milhões de barris.