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Juro futuro cai com exterior e previsão de corte mais rápido da Selic

07/12/2016 19h26

As taxas dos contratos futuros de juros fecharam em queda nesta quarta-feira na BM&F, refletindo o cenário externo positivo para mercados emergentes e a expectativa de que o Banco Central vai acelerar o ciclo de corte de juros já na próxima reunião de janeiro, o que traz oportunidades de investimentos na renda fixa.

O DI para janeiro de 2018 recuou de 11,96% para 11,92% no encerramento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2019 caiu de 11,59% para 11,54%. E o DI para janeiro de 2021 baixou de 12,06% para 11,93%.

A sinalização de uma aceleração do ciclo de corte de juros foi reforçada hoje pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn. Em café da manhã com jornalistas, ele disse que a flexibilização da política monetária pode começar no início do ano que vem. Ilan também endossou a fraqueza além da esperada da atividade econômica, a desinflação mais forte da economia e a possibilidade de condições financeiras globais mais apertadas terem impacto desinflacionário no Brasil.

Os investidores aguardam a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julga hoje o afastamento do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), depois dos senadores terem decidido mantê-lo no cargo ontem, contrariando a decisão liminar do ministro Marco Aurélio de Mello.

A principal preocupação do mercado é de que uma possível substituição da presidência do Senado possa atrasar a agenda de votação das reformas fiscais, entre elas a análise em segundo turno da PEC do teto de gastos, prevista para 13 de dezembro.

Para o gestor da Brasif Henrique de la Rocque, o mercado ainda não trabalha com a possibilidade de um adiamento da votação da PEC dos gastos no Senado na semana que vem.

Hoje o presidente Michel Temer afirmou que "seguramente" a PEC dos gastos será votada no dia 13 de dezembro. A afirmação endossa a avaliação da base aliada do governo que acredita que um eventual afastamento de Renan não prejudica a votação das reformas.

Henrique de la Rocque lembra que o cenário externo mais positivo para ativos emergentes, com uma acomodação do movimento de alta da taxas dos Treasuries (títulos do Tesouro americano), também contribui para o bom desempenho dos ativos locais.

O aumento da posição dos investidores estrangeiros no Brasil, contudo, vai depender da redução da incerteza no cenário político, afirma o gestor. "Os investidores estrangeiros têm apetite para aumentar a alocação em Brasil, mas ainda estão com um ?pé atrás' e precisam ver maior clareza no cenário político local", diz.