Ações de bancos recuperam perdas e ajudam Bovespa a subir 2,4%
A recuperação nos preços das ações dos bancos fez com que o Ibovespa fechasse em alta de 2,40% aos 64.334 pontos, com giro financeiro de R$ 10,11 bilhões, inflado pelo vencimento de opções. As ações do Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco subiram mais de 4%. Os papéis unit do Santander tiveram alta de 2,48%.
Juntas, essas ações respondem por 25,47% da composição do Ibovespa. Assim, o movimento de alta ajudou na valorização do principal indicador da bolsa de valores. "Foi uma recuperação de preços porque não há fatos novos que possam determinar outros movimentos na bolsa de valores", diz Ari Santos, gerente de mesa Bovespa da H.Commor DTVM.
Na quinta-feira, as ações do Banco do Brasil recuaram 5,20%, os papéis preferenciais do Bradesco caíram 3,05% e as ações ordinárias do banco tiveram recuo de 2,73%. Os papéis do Itaú Unibanco recuaram 1,82% e as ações unit do Santander tiveram baixa de 2,58%. As ações caíram porque em meio à divulgação das delações da Odebrecht, os investidores se perguntaram qual poderia ter sido a participação dos bancos no esquema de corrupção montado pela construtora.
De acordo com operadores, as incertezas políticas ainda restringem estratégias de longo prazo e a maior parte das operações fica concentrada no mesmo dia. Mas hoje, o investidor adotou uma postura mais positiva diante do mercado de ações após a divulgação do índice de atividade medido pelo Banco Central (BC). O indicador avançou mais do que o esperado em fevereiro. Além disso, os analistas continuam esperando um corte de um ponto percentual na taxa básica de juros, em maio, o que favorece o mercado de ações.
Outro ação com destaque de alta na bolsa de valores foi a ação da Usiminas, que subiu 7,84%, depois que a empresa divulgou que teve lucro de R$ 121 milhões no primeiro bimestre do ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 366 milhões no mesmo período. Os números não são definitivos e ainda estão sujeitos à revisão dos auditores externos.
A empresa deve divulgar o balanço oficial no dia 20 de abril, mas os dados foram antecipados porque vazaram logo pela manhã. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu investigação sobre o vazamento do balanço da empresa.
As ações da Petrobras fecharam em alta com os papéis ordinários subindo 0,96% e as ações preferenciais com alta de 1,42%. A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras cresceu 7% no primeiro trimestre do ano, impulsionada, principalmente, pelos novos poços do pré-sal, de acordo com a companhia. A produção de petróleo aumentou 9,5% em março na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em relação a fevereiro, a produção do mês passado caiu 3%, devido a paradas programadas de plataformas.
As ações da Vale, que operaram em queda durante todo o pregão, inverteram o movimento quase no final do dia. As ações ordinárias da Vale subiram 0,04% e os papéis PNA tiveram ganho de 0,49%. Os papéis começaram a sessão em queda porque no porto de Qingdao, na China, a tonelada do minério caiu 3,5% para US$ 66,25 a tonelada. Na quinta-feira, a Vale faz uma Assembleia Geral Ordinária (AGO) para eleger 11 integrantes do colegiado, incluindo representantes de controladores, de trabalhadores e independentes para o período 2017-2019.
Na ponta oposta, as maiores quedas do dia ficaram com os papéis da Fibria, que caíram 4,86%, as ações da Braskem tiveram baixa de 2,81% e os papéis da Suzano Papel e Celulose recuaram 1,42%. Excluindo a Braskem, as outras ações sofrem pela desvalorização cambial porque têm grande parte da receita em dólar. A cotação do dólar recuou 1,36% para R$ 3,103.
Hoje houve exercício de contratos de opções sobre ações e o movimento financeiro foi de R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 1,3 bilhão foram referentes às opções de compra e R$ 1,4 bilhão foram referentes às opções de venda. O maior volume de negócios foi registrado com as opções de venda da Ambev, a R$ 18,20, que girou R$ 166,56 milhões.
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