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Diante de Temer, comandante do Exército diz que corrupção afeta futuro

19/04/2017 13h42

Entre outras personalidades da política e da televisão, o juiz federal Sergio Moro recebeu nesta quarta-feira em Brasília a mais importante condecoração do Exército pela ocasião de 19 de abril, Dia do Exército. A cerimônia realizada no quartel general do Exército contou com a presença do presidente Michel Temer.


Na ocasião, ocomandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, apontou o prejuízo causado pelos crimes de corrupção expostos pela Operação Lava-Jato, que envolveu muitos ministros de Temer, assessores próximos e aliados no Congresso. As recém divulgadas delações de executivos da Odebrecht citam ainda o próprio pemedebista, protegido de investigações pelo cargo que ocupa atualmente.


O pemedebista se dirigiu ao palanque reservado a autoridades e trocou cumprimentos breves com o juiz federal. A solenidade pelo Dia do Exército homenageou também nomes apontados como possíveis candidatos à sucessão presidencial em 2018: o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ); o senador Alvaro Dias (PV-PR); e o apresentador Luciano Huck; além do próprio Moro.


Neste ano, não houve tradicional leitura de mensagem presidencial pelo Dia do Exército. Único a discursar, o general Villas Boas apontou em sua fala diversas crises vividas pelo país, desde a área se segurança pública à crise moral. Segundo o general, a crise atual fere gravemente a alma da população, ameaça a própria identidade nacional, deprime o orgulho pátrio e embaça a percepção de projeto de nação, dispersando a sociedade em lutas por interesses pessoais e corporativos sobrepostos ao interesse nacional.


"A aguda crise moral, expressa em incontáveis escândalos de corrupção, nos compromete o futuro. A ineficiência nos retarda o crescimento. A ausência, em cada um de nós, brasileiros, de um mínimo de disciplina social, indispensável à convivência civilizada, e uma irresponsável aversão ao exercício da autoridade oferecem campo fértil ao comportamento transgressor e à intolerância desagregadora", afirmou Villas Boas. "Este momento tão grave não pode servir a disputas paralisantes. Pelo contrário, exige do povo e de suas lideranças a união de propósitos que nos catalise o esforço de regeneração", completou.