Confiança da construção alcança maior nível em dois anos, mostra FGV
A confiança do setor da construção melhorou pelo segundo mês seguido e, com isso, alcançou o maior nível desde abril de 2015, mostrou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador de confiança subiu 1,4 ponto em abril, perante o mês anterior, para 76,4 pontos, feito o ajuste sazonal. Na comparação com abril de 2016, houve alta de 9,2 pontos.
"Invertendo a dinâmica dos últimos meses, em abril, houve aumento do Índice de Situação Atual (ISA) e queda do Índice de Expectativas (IE). A melhora do ISA pode representar o início da aguardada recuperação da atividade da Construção. A mudança detectada pela sondagem é significativa: finalmente a percepção empresarial em relação à situação corrente dos negócios melhora um pouco, seguindo a tendência das expectativas nos meses anteriores. Mas a distância entre os dois indicadores permanece muito elevada e o ISA continua em nível crítico", comentou, em nota, Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV-Ibre.
A alta da confiança em abril deveu-se exclusivamente à percepção do empresariado em relação à situação atual: o Índice de Situação Atual aumentou 2,9 pontos, para 65,7 pontos, o maior nível desde dezembro de 2015 (68,1 pontos).O Índice de Expectativas, no entanto, teve baixa em abril, de 0,2 ponto, se situando em 87,6 pontos, uma aparente acomodação após três altas consecutivas.
Neste quadro de recuperação lenta, o segmento que pode impulsionar a atividade da construção nos próximos meses é o de Obras de Infraestrutura, especialmente Obras Viárias. "Portanto, enquanto a melhora do setor de Edificações continua dependendo da ainda frágil tendência de recuperação da economia, estes segmentos parecem confiar em uma aceleração que dependeria de programas públicos ou em parcerias privadas, o que também carrega um componente relevante de incerteza", diz a FGV.
A sondagem também mostrou que o setor está um pouco mais ocioso. O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da construção recuou 0,2 ponto percentual em abril, ficando em 62,8%.
A sondagem da construção coletou informações de 689 empresas entre os dias 03 e 24 de abril.
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