Movimentos de esquerda e de direta planejam manifestações
(Atualizada às 16h) A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo farão atos no próximo domingo (21) em todo o país para pedir a saída do presidente Michel Temer (PMDB), o fim das reformas trabalhista e previdenciária e eleições diretas.
Nota enviada à imprensa informa que representantes dos movimentos farão reunião nesta noite (18) na sede da CUT, em São Paulo, para definir o formato dos atos e o reforço à "marcha a Brasília", marcada para o dia 24.
"No dia 24 vamos exigir a interrupção imediata da tramitação das reformas (desmontes) da Previdência e Trabalhista, que acabam com a aposentadoria e com a CLT", disse Vagner Freitas, presidente da entidade.
As centrais sindicais decidiram manter o protesto contra as reformas trabalhista e da previdência para o dia 24, em Brasília. Com as denúncias contra Temer, é provável que a manifestação se transforme num movimento contra o próprio governo, afirmou um sindicalista.
"Está mantida a Marcha à Brasília do dia 24 de maio. O povo na rua é a garantia da democracia e dos direitos dos trabalhadores", afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o "Juruna".
Mais movimentos
O movimento Vem Pra Rua, que apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, divulgou notapara defender a renúncia de Michel Temer e convocar para um protesto contra "todos os envolvidos na Operação Lava-Jato"
A convocação ocorre na esteira da divulgação de denúncias contra o Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Temer foi gravado por um dos donos da JBS dando aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no âmbito da Lava-Jato. Já o tucano foi gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões para custear sua defesa na operação.
"Após as notícias de que Michel Temer deu seu aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha, clamamos pela renúncia do presidente. Queremos que todos os corruptos paguem pelos crimes que cometeram", disse o movimento em nota.
Em São Paulo, a manifestação será na Av. Paulista, a partir ds 14h.
Centrais
Cinco das mais importantes centrais sindicais pediram nesta quinta-feira eleições diretas para a Presidência da República e o Congresso. A solução para a crise que se instalou desde ontem "no caso do Governo Federal e do Congresso Nacional, passa por realizar, no mais curto espaço de tempo exigido pela Constituição, eleições gerais e democráticas".
O comunicado é assinado pela Central dos Sindicatos Brasileiros, Central dos Trabalhadores Brasileiros, Força Sindical, Nova Central Sindical dos Trabalhadores e União Geral de Trabalhadores. As centrais ainda confirmaram presença na Marcha Nacional dos Trabalhadores, na próxima quarta-feira, em Brasília.
A Força Sindical, que divulgou a nota em nome de todas as centrais, é presidida pelo deputado federal Paulinho da Força (SDD-SP), que integrava a base aliada de Temer.
O pemedebista, entretanto, não é citado diretamente em nenhum momento do texto. A denúncia contra ele, feita por Joesley Batista, sócio da JBS, que veio à tona na noite de ontem, também não é mencionada.
O texto das centrais, intitulado 'Por eleições democráticas e contra as propostas de reformas trabalhista e previdenciária', afirma que as centrais repudiam e combaterão "qualquer iniciativa de promover medidas que afrontem nossa Constituição".
"Qualquer solução democrática para a crise política e econômica nesta conjuntura passa pela construção de um amplo e democrático acordo nacional visando à defesa de nossa democracia e à construção de um novo projeto de desenvolvimento nacional, tarefa que deve mobilizar a sociedade civil e suas mais importantes representações, os partidos políticos, as centrais sindicais e as demais organizações dos trabalhadores e representações patronais", diz o comunicado. O texto ainda ressalta a necessidade de reconstruir "a legitimidade das instituições políticas".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.