Juros futuros fecham em queda no último pregão do semestre
Os juros futuros fecharam a última sessão do mês, do trimestre e do semestre com firme queda. As diferenças entre taxas mais longas e as curtas recuaram, porém seguem em patamares condizentes com cenário de maior risco, diante da falta de previsibilidade para os próximos meses.
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2021 recuava a 10,070% (10,180% no ajuste de ontem). O DI janeiro/2023 tinha queda para 10,520% (10,640% no ajuste anterior).O DI janeiro/2018 cedia a 8,945% (8,985% no ajuste anterior). E o DI janeiro/2019 recuava a 8,920% (8,990% no último ajuste).
Pela manhã, a fala do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, não chegou a surpreender o mercado. Mas, justamente por estar alinhada a declarações recentes, endossou expectativa de que a Selic prossiga em baixa, em meio ao cenário benigno para os preços.
A leitura de que as manifestações previstas para esta sexta-feira - e contrárias à agenda de reformas do governo - não têm tido adesão relevante também ajudou a trazer algum alívio. Isso porque ameniza preocupações de que o Congresso Nacional possa se voltar contra o Executivo, movimento que sepultaria de vez as reformas - já consideradas em xeque por boa parte do mercado.
A primeira semana de julho, mês em que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá o rumo da Selic, será marcada por dados da produção industrial de maio e pelo IPCA de junho - ambos com potencial para mexer com as apostas do mercado para a decisão de política monetária do fim do mês.
A Rosenberg Associados espera que o IPCA marque variação de -0,24%, primeira deflação desde junho de 2006 e a menor oscilação na margem desde agosto de 1998. O acumulado em 12 meses deve ceder de 3,60% para 2,99%, abaixo do piso da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
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