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Ibovespa sobe pelo terceiro pregão puxado por commodities

25/07/2017 17h39

A alta no preço das commodities fez com que o Ibovespa marcasse o terceiro pregão consecutivo de alta. O índice subiu 0,87% aos 65.668 pontos, com giro financeiro de R$ 5,7 bilhões, um pouco acima do movimento dos últimos dias, mas ainda abaixo da média diária do ano, que é de R$ 6,1 bilhões. De acordo com operadores, a alta do índice só não foi maior porque as ações de empresas do setor de consumo e imobiliário fecharam em baixa.


O preço do minério de ferro subiu 2,39% para US$ 69,48 a tonelada, em Qingdao, na China. Aqui, as ações PNA da Vale subiram 4,67% e os papéis ON tiveram ganho de 5,08%. A Vale anuncia o resultado financeiro do segundo trimestre na quinta-feira.


Os contratos futuros de petróleo WTI subiram 3,28% para US$ 47,85 o barril e as ações da Petrobras tiveram alta. Os papéis PN da estatal subiram 2,64% e as ações ON ganharam 2,53%. Os investidores estão mais otimistas com a decisão da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) de sinalizar a intenção de punir os membros que não cumprirem o acordo de limitação das quantidades de venda do combustível, o que deve sustentar os preços do petróleo no médio prazo.


As ações do sistema financeiro também subiram, com destaque para os papéis preferenciais do Bradesco, que tiveram alta de 1,63%. O banco anuncia o resultado financeiro na quinta-feira e a expectativa dos investidores é de que haja uma redução na Provisão para Devedores Duvidosos (PDD). Em relatório divulgado hoje, a equipe de analistas do Credit Suisse informa que o Bradesco é sua ação preferida. A recomendação para o papel é de compra com preço-alvo elevado para R$ 38 - antes era R$ 36,36. A previsão para o lucro do banco neste ano subiu 1,9% em função de maior controle de custos e menores despesas operacionais.


Por outro lado, as ações da Fibria recuaram 2,21%, seguidas pelos papéis da Hypermarcas, com queda de 1,41% e RaiaDrogasil, com ganho de 2,12%, o que limitou os ganhos do Ibovespa.


A Fibria divulgou hoje o relatório financeiro do segundo trimestre do ano. A empresa teve prejuízo de R$ 262 milhões, revertendo um lucro de R$ 743 milhões um ano antes, apesar de ter apresentado melhora no desempenho operacional. "Os investidores não gostaram do fato de a empresa ter afirmado que estuda uma eventual aquisição da Eldorado Brasil, que está endividada", diz um operador.


Em relatório distribuído a clientes, a equipe de analistas do Bradesco BBI, liderada por Luciano Campos, revisou a recomendação para as ações da Hypermarcas de compra para neutra. O preço-alvo para o papel passou de R$ 34 para R$ 33 para os próximos 12 meses. O banco também informou que manteve a recomendação neutra para RaiaDrogasil, com preço-alvo em R$ 81. "Continuamos cautelosos com o possível declínio da margem de lucro neste ano e desaceleração do mercado farmacêutico", escreveu Campos, em relatório.


Depois de subir ontem, as ações da Cyrella recuaram 2,43%, em um movimento de realização de lucros. O papel havia subido com a perspectiva de dados operacionais positivos no segundo trimestre. No ano, a ação ainda acumula alta de 18,37%, com a perspectiva de que a redução dos juros pode aumentar as vendas do setor. As demais ações do segmento também fecharam m baixa. Os papéis ON da MRV recuaram 1,63%.


Fora do Ibovespa, as ações da Biotoscana, que começaram a ser negociadas hoje, subiram 0,12% a R$ 235,42. Os papéis ON da Via Varejo subiram 7,06% e as ações PN tiveram alta de 4,64%. A empresa registrou aumento de 13,5% nas vendas líquidas no segundo trimestre do ano, para R$ 6,15 bilhões.


No dia 1º de agosto, a B3 vai divulgar a primeira prévia da carteira do Ibovespa que vai vigorar entre setembro e dezembro. De acordo com um relatório do BTG Pactual, distribuído a clientes e produzido pela equipe de analistas liderada por Carlos Sequeira, a única mudança no índice deve ser a inclusão das unit da Taesa, com 0,40% de peso. Nenhuma ação deve deixar o Ibovespa.


De acordo com o relatório, as ações PNA e ON da Vale devem ser as maiores ganhadoras na nova composição do Ibovespa, assumindo a quinta e sexta, respectivamente, posição mais relevante do Ibovespa. As ações ON da Ambev, ON da Ultrapar e ON do Bradesco são as mais cotadas a perder posições no índice.


A equipe de analistas do Citi, liderada por Fernando Siqueira, também aposta na entrada da Taesa no Ibovespa. Os analistas também consideram possível o ingresso da Sanepar no índice. Já as ações da Copel e Marfrig são possíveis ações que podem deixar o Ibovespa.