Inflação em 12 meses é a menor desde 1999, diz IBGE
(Atualizada às 9h38) Após apresentar a primeira deflação desde 2006, de 0,23% em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mudou de direção e registrou alta de 0,24% em julho, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Influenciaram nesse movimentoo aumento na conta de luz e a alta dos combustíveis.Apesar da aceleração, foi a menor taxa para o IPCA em julho desde 2014 (0,01%).
No acumulado em 12 meses, o IPCA seguiu em descompressão ao marcar elevação de 2,71% até julho, abaixo dos 3% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores. Foi a menor taxa para essa base de comparação desde fevereiro de 1999 (2,24%).
O resultado colocou o indicador acumulado em 12 meses abaixo do piso da meta de inflação, de 3% neste ano - a meta é de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
No ano, a inflação oficial acumula agora alta de 1,43%, bem abaixo dos 4,96% registrados em igual período de 2016. O acumulado do ano é o menor da série desde o início do Plano Real.
Na média, 24 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data previam aumento de 0,18% para o IPCA em julho. As projeções variavam de alta de 0,08% a 0,23%. As estimativas apontavam ainda inflação de 2,65% em 12 meses.
O IPCA mede a inflação para as famílias com rendimentos mensais entre um e 40 salários mínimos, que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Vitória, Belém, Brasília, e nos municípios de Goiânia e Campo Grande.
O índice de difusão do IPCA, calculado pelo Valor Data, saiu de 47,2% para 41,8% em julho, indicando inflação menos disseminada na cesta de produtos pesquisados.Sem alimentos, a difusão do IPCA também passou de 54,7% para 43,9%.
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