Vendas no varejo brasileiro surpreendem e crescem 1,2% em junho
O volume de vendas no varejo surpreendeu positivamente ao subir 1,2% em junho, na série com ajuste sazonal, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, o varejo saiu dequeda de 0,1% para alta de 0,2%.Também houve revisão, na série ajustada, do indicador referente aos meses de março (-1,2% para -1,1%) e abril (0,9% para 1,1%).
O resultado de junho veio bem melhor que a média estimada peloValor Data, apurada junto a 22 consultorias e instituições financeiras, de alta de 0,42%. O intervalo das estimativas variava de queda de 0,5% a aumento de 1,1%.
"Foi o crescimento mais consistente desde o final de 2014, com três taxas positivas na margem", disse Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. "O resultado é uma combinação de fatores, como a base de comparação baixa, assim como a redução da taxa de juros."
Na comparação com junho de 2016, o varejo cresceu 3%,terceiro resultado positivo consecutivo nessa comparação, porém mais intenso do que o verificado em maio (2,6%) e abril (1,7%), segundo o IBGE.
De janeiro a junho, o setor apresenta queda de apenas 0,1%. Nos 12 meses encerrados em junho, houve elevação de 3%.
Vale lembrar que, no começo do ano, o IBGE promoveu mudanças metodológicas na pesquisa do comércio que geraram críticas de economistas do setor privado. Eles acreditam que os dados mais recentes ficaram voláteis e difíceis de estimar.
De maio para junho, a principal influência positiva foi o setor de móveis e eletrodomésticos (2,2%); tecidos, vestuário e calçados (5,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%).
Também ajudaram combustíveis e lubrificantes (1,2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,5%); e livros, jornais, revistas e papelaria (4,5%).
O IBGE informou ainda que a receita nominal do varejo subiu 0,8% na passagem de maio para junho. No confronto com o sexto mês de 2016, essa receita aumentou 2,4%.
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