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Arrecadação maior não significa aumento das despesas, diz Meirelles

20/10/2017 12h34

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorou hoje o crescimento da arrecadação federal pelo segundo mês seguido. Segundo ele, a alta no recolhimento, no entanto, não significa que haverá aumento das despesas e, sim, uma diminuição mais rápida do déficit público.


"Como há o teto dos gastos, maior arrecadação não significa crescimento de despesas, mas poderá ajudar na redução mais rápida do déficit", afirmou em sua conta no Twitter.


Os dados de arrecadação em setembro foram divulgados na quinta-feira pela Receita Federal. O ministro lembrou que houve crescimento real da arrecadação (contra um ano antes) pelo segundo mês seguido, dizendo que o movimento "é resultado da recuperação da atividade, disseminada nos diversos setores da economia".


"Só em setembro, aumento [da arrecadação] descontada a inflação foi de 8,66%. De janeiro a setembro, o desempenho da arrecadação foi o melhor dos últimos anos", disse. "Mais confiantes de que a economia seguirá melhorando, as famílias reduziram endividamento e retomaram gastos, em especial em bens duráveis", afirmou.


Os dados da Receitamostram que, impulsionada pelo Refis e pelo aumento da tributação dos combustíveis, a arrecadação federal teve o segundo mês seguido de alta acima da inflação, acelerando seu ritmo de expansão no saldo acumulado do ano. Foi registrado recolhimento de R$ 105,6 bilhões em setembro, aumento real de 8,66% na comparação com o mesmo período de 2016.

No acumulado do ano, a arrecadação total somou R$ 968,3 bilhões, com alta real de 2,44% ante a mesma base de comparação do ano passado. O Refis, com R$ 10,99 bilhões em ingressos, foi a estrela. Sem esses recursos, a alta no acumulado seria apenas de 0,43%, já descontada a inflação.