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Confiança do consumidor é a mais alta desde março, aponta FGV

25/10/2017 09h32

A confiança do consumidor subiu novamente em outubro e voltou ao nível anterior ao agravamento da crise política em maio, com a delação da JBS. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) repetiu em outubro a alta de 1,4 ponto registrada em setembro e chegou a 83,7 pontos, maior nível desde março de 2017 (85,3). De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador avançou 3,8 pontos quando comparado a outubro de 2016.


A FGV atribui o avanço na confiança do consumidor a uma recuperação mais consistente da economia. "Na comparação com indicadores empresariais, no entanto, a confiança do consumidor ainda é baixa, sinalizando cautela diante dos níveis elevados de incerteza", afirma em nota a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt. Para ela, os resultados sugerem que a melhora do consumo nos últimos meses tem sido sustentada mais pela liberação de recursos do FGTS, queda dos juros e depreciação de bens duráveis que pelo otimismo do consumidor.


Nos dois horizontes de tempo da pesquisa, situação atual e expectativas, houve melhora em outubro. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu pelo terceiro mês consecutivo e, ao avançar 2,3 pontos, atingiu 73,2 pontos, melhor resultado desde junho (74,9). O Índice de Expectativas (IE) avançou pelo segundo mês ao subir 0,7 ponto, para 91,8, nível próximo ao de junho (91,7).


Segundo a FGV, os consumidores se mostraram menos insatisfeitos com a situação econômica em geral. Os indicadores que medem as avaliações sobre a situação econômica no momento e no futuro próximo avançaram 2,7 pontos, exercendo influência positiva no índice de confiança deste mês. Também melhorou a percepção em relação às finanças familiares, mas, apesar de perspectivas mais favoráveis, os consumidores continuam cautelosos.


Renda

Em outubro, a confiança avançou em três das quatro faixas de renda pesquisadas. A maior alta foi registrada nas famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00. Para estas, houve melhora tanto da satisfação com a situação atual quanto das expectativas para o futuro próximo. Entre as famílias com renda acima de R$ 9.600,00, o nível de confiança recuou 2,2 pontos, influenciado pelas expectativas negativas em relação ao futuro.