IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

FGV: Confiança de serviços alcança em outubro maior nível em três anos

31/10/2017 10h10

O Índice de Confiança de Serviços (ICS), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou avanço de 2,2 pontos em outubro, para 87,8 pontos, o maior nível desde outubro de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV).


"A alta da confiança de serviços em outubro tem como principal marca o elevado grau de disseminação do bom desempenho entre os setores", avalia Silvio Sales, consultor do Ibre-FGV, em comentário no documento.


Em nove das 13 principais atividades pesquisadas, foi registrada alta da confiança. O desempenho de outubro foi determinado pela melhora tanto da situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA-S) avançou 2,3 pontos e o Índice de Expectativas (IE-S), 2,1 pontos.


A maior contribuição para a alta do ISA-S em outubro foi dada pelo indicador que avalia a situação atual dos negócios, com alta de 2,4 pontos. O comportamento do indicador de tendência dos negócios para os seis meses seguintes foi determinante para a variação positiva do IE-S, ao subir 4,3 pontos, para 96,2 pontos, o maior nível desde abril de 2014.


"A leitura mais favorável sobre o ambiente de negócios afetou as avaliações correntes e futuras, além de aspectos como o ímpeto de emprego e o nível de utilização da capacidade instalada", aponta Sales.


O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços chegou a 83% em outubro, avançando 1,5 ponto percentual sobre o mês anterior, a maior variação já registrada na série, segundo a FGV. Com isso, o indicador alcançou o seu maior patamar desde janeiro de 2016.


A ampla melhora dos indicadores da sondagem de serviços no início do último trimestre de 2017 também se reflete na trajetória de um indicador de desconforto do Setor de Serviços, criado como a soma das proporções de empresas reportando fatores limitativos à melhora do ambiente de negócios geralmente associados a períodos de baixa atividade ou recessão.


O Indicador de Tendência do Emprego no Setor para os próximos meses rompeu em outubro a barreira dos 100 pontos pela primeira vez em 34 meses. O resultado de 101,3 pontos indica um percentual de empresas planejando contratações (16,5%) superior àquele das que planejam cortes (14,5%).


"Esse padrão de melhora generalizada na percepção empresarial deve se sustentar nos próximos meses, salvo a ocorrência de algum fato impactante vindo do campo político", conclui Sales.