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Ibovespa fecha outubro estável, no pior desempenho desde maio

31/10/2017 19h35

O mercado de bolsa local enfrentou no último pregão do mês mais um movimento negativo, dessa vez pressionado pelo desempenho do setor bancário. Apesar de conseguir manter leve alta no mês, as sucessivas correções pelas quais passou desde que tocou a máxima histórica levaram o índice a praticamente zerar o ganho mensal.


O Ibovespa fechou hoje com queda de 0,66%, aos 74.308 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,45 bilhões. No acumulado de outubro, o índice teve leve ganho de 0,02%, pior desempenho desde maio, quando retraiu 4,1%; no ano, o ganho é de 23,4%.


O mercado opera ainda sob expectativa pela definição do sucessor de Janet Yellen no Fed, banco central dos Estados Unidos. O nome considerado mais provável é o de Jerome Powell, que representaria a continuidade de uma política de aumento de juros mais gradual ? cujo efeito é favorável para a liquidez global. Ainda assim, até que essa escolha seja confirmada, os investidores operam em compasso de espera, influenciando os mercados emergentes.


A combinação disso com o ambiente doméstico, ainda sem visibilidade em relação à aprovação de reformas, explica o desempenho no zero a zero de outubro. "O desânimo do mercado é grande porque falta algo que faça a bolsa andar. O foco é na quinta-feira, com a escolha [do presidente Donald] Trump para o Fed", diz um operador.


No destaque de hoje, o mercado cedeu à queda das ações dos bancos, que acompanharam o recuo do papel preferencial do Itaú Unibanco (-2,46%, a R$ 42,05), após o descontentamento dos investidores com crédito fraco no terceiro trimestre. O giro do papel no dia, de R$ 711,13 milhões, foi o maior do Ibovespa, acima inclusive de ativos de peso, como as ações ordinárias da Vale (-0,77%, a R$ 32,10) e as preferenciais da Petrobras (-0,06%, a R$ 16,77).


O efeito do Itaú gerou uma cautela geral com papéis do setor, o que explica em parte a queda das units do Santander (-3,02%, a R$ 28,61) e das ações preferenciais do Bradesco (-1,34%, a R$ 34,68), quarto maior giro do dia.


O movimento também teve contraste com desempenhos muito fortes no dia, como o da credenciadora Cielo, que liderou o Ibovespa com alta de 9,44%, a R$ 22,38. O giro financeiro da companhia, de cerca de R$ 393,7 milhões, foi o quinto maior do Ibovespa.