Moro defende fim do foro privilegiado também para magistrados
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato em Curitiba, cobrou nesta segunda-feira (27) ações das autoridades políticas para o combate à corrupção e defendeu o fim do foro privilegiado, inclusive para magistrados.
"Abro mão", disse em entrevista coletiva após responder perguntas de jornalistas da revista "Veja", em São Paulo, durante evento promovido pela publicação. Moro reconheceu que se sentiu frustrado com o fato de não ter ocorrido nenhum empenho da classe política para coibir irregularidades.
"Quem reagiu foi a polícia, o Ministério Público, as cortes e alguns órgãos públicos. Para superação [da crise] seriam necessárias reformas mais gerais da parte de nossas lideranças políticas. Reformas que diminuíssem incentivos e oportunidades de corrupção".
Como exemplo, citou o loteamento de cargos em estatais. "Não obstante o que se verifica é a quase completa omissão da classe política em promover essas mudanças."
As eleições, conforme o magistrado, são uma grande oportunidade de avanço. Moro ainda repetiu que não será candidato em 2018 e que não pretende concorrer no futuro. "Uma candidatura minha seria inapropriada. No futuro não vejo isso ocorrendo."
Grampo
O juiz voltou a defender a divulgação dos áudios de uma conversa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a então presidente Dilma Rousseff, ambos do PT, em meio às manifestações pelo impeachment. Moro disse que não entende a celeuma que envolveu o tema.
Segundo ele, a conversa não tinha teor republicano e era de interesse público. Além disso, admitiu que ficou surpreso com "ataques sujos" que sofreu nos últimos tempos.
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