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Bombardier tem prejuízo 57% menor no quarto trimestre

15/02/2018 11h56

A fabricante canadense de aviões e trens Bombardier informou nesta quinta-feira que registrou no quarto trimestre de 2017 um prejuízo líquido de US$ 108 milhões, uma diminuição de 57% em relação à perda de US$ 251 milhões apurada no mesmo período do ano passado.


A receita da companhia nos últimos três meses do ano passado cresceu 7,6%, em base anual, de US$ US$ 4,4 bilhões para US$ 4,7 bilhões.


No acumulado de 2017, a Bombardier diminui seu prejuízo ante 2016 em 49,5%, para US$ 516 milhões, e obteve uma receita de US$ 16,2 bilhões, queda de 0,7%. Excluindo itens excepcionais, o lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês) subiu 57%, a US$ 672 milhões.


"A Bombardier encerrou o segundo ano do plano de reestruturação com um desempenho bastante forte", afirmou, em nota, o diretor-presidente da empresa, Alain Bellemare.


Divisões


A divisão de aviões particulares registrou a entrega de 140 aeronaves, acima dos 135 esperados pela Bombardier para 2017, e receita de US$ 5 bilhões, em linha com a meta estabelecida. No quarto trimestre, a divisão entregou 44 unidades, sendo 29 aviões do modelo Challenger e 13 do Global. Segundo a Bombardier, nos últimos três meses, houve um aumento de encomendas de aeronaves, o maior volume do ano e na comparação com o registrado nos quarto trimestres de 2016 e 2015.


A divisão de aviões comerciais registrou receita de US$ 2,4 bilhões, abaixo dos US$ 2,5 bilhões estimados e entregou 75 aeronaves, sendo 17 modelos C Series, 26 CRJ e 30 Q400, ficando dentro do intervalo estimado, de 70 a 75 aviões.


No setor de transportes, que produz locomotivas e vagões de trens e metrô, a receita cresceu 13% em 2017, a US$ 8,5 bilhões, em linha com as projeções.


Para 2018, a companhia espera obter entre US$ 17 bilhões e US$ 17,5 bilhões em receita e um Ebit excluindo itens especiais entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões.


Nos resultados, a Bombardier também comentou o processo que enfrenta no Brasil onde é acusada de participar de um suposto esquema de cartel em contratos de modernização e compra de equipamentos pelo metrô de São Paulo, em 1999, afirmando estar colaborando com as autoridades. Em 2014, a empresa foi notificada que estava sendo investigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).