MPF defende que Nuzman, ex-presidente do COB, volte para cadeia
O Ministério Público Federal (MPF) enviou parecer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em que se manifestou pelo restabelecimento da prisão preventiva do ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Arthur Nuzman.
Ele teve habeas corpus concedido em caráter liminar pelo STJ após ter sido detido, em outubro do ano passado, por ordem da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Atualmente, está em regime domiciliar.
Nuzman é acusado de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas na Operação Unfair Play, que apura o esquema de compra de votos de membros representantes de países africanos do Comitê Olímpico Internacional para a escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016.
Na manifestação assinada pelo subprocurador-geral da República Rogério Paiva Navarro, o MPF defende a prisão preventiva como única medida eficaz para evitar que Nuzman elimine provas e prejudique as investigações."A própria decisão da primeira instância informa que Nuzman, após a deflagração da operação, começou a adotar medidas com o aparente intuito de ocultar bens e valores não declarados", informou o órgão.
"É preciso considerar terem sido identificadas práticas insistentes e sistemáticas de corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro do patrimônio ilícito. Portanto, a única forma de interrupção dos crimes diuturnamente praticados pela referida organização é a manutenção da prisão de seus integrantes", afirma o subprocurador-geral.
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