Juros futuros de curto prazo sobem pela 3ª sessão seguida
Os juros futuros de curto prazo subiram, nesta quarta-feira (14), pela terceira sessão consecutiva. Faltando uma semana para a decisão do Copom, os investidores calibram suas posições e reduzem a exposição ao risco, enquanto aguardam novos sinais para apostar na trajetória da Selic.
Contrato mais negociado da sessão, o DI janeiro de 2019 avançava 2 pontos-base para 6,480% no fim da sessão regular. O avanço acumulado de 4,5 pontos nos três últimos pregões representa aproximadamente um terço de todo o recuo acumulado em quase duas semanas.
Outro trecho que também evidencia o ajuste, o DI janeiro/2020 subiu 7,350%, ante 7,290% no ajuste anterior. Já o DI janeiro/2021 subiu a 8,230% (8,190% no ajuste anterior).
Sem novas surpresas positivas no campo da inflação, as aplicações em juros curtos perdem um pouco de sua atratividade. A contenção também é atribuída a uma postura mais cética do diretor de política econômica, Carlos Viana, sobre algumas expectativas de analistas para o cenário que envolve a Selic. Algumas casas veem chance de queda da Selic mais próxima de 6% neste ano.
As coletas de preços no segmento de alimentação também voltaram a subir, de acordo com profissionais de mercado, o que tende a diminuir surpresas positivas na inflação no curto prazo. Além disso, já é esperada uma estabilização dos preços depois do primeiro trimestre.
"Diminuiu a probabilidade de ter queda em maio", afirma o sócio e gestor da Modal Asset, Luiz Eduardo Portella.
A falta de estímulo também induziria alguns investidores a embolsarem ganhos ou migrarem para outros vencimentos. O que se observa é um alongamento das vendas de taxas, isto é, os investidores estariam transferindo suas aplicações para prazos mais longos.
"Já temos uma queda de 0,25 ponto da Selic nos preços e, como a curva inclinou muito, o mercado está preferindo alongar", acrescenta Portella.
Em contraste com a alta nos juros curtos, as taxas de vencimentos mais longos operam em baixa. O DI janeiro/2025 caía 1 ponto para 9,520% nesta quarta, após registrar, na terça (13), sua maior queda em duas semanas.
Apesar da alta nas taxas curtas, as apostas para a queda da Selic na semana que vem estão bem consolidadas. Os juros futuros ainda embutem quase 90% de chance de corte de 0,25 ponto percentual da taxa, a 6,50%, no anúncio do próximo dia 21.
"Nada mudou no cenário e a inflação continua muito tranquila, dando espaço para o BC manter os juros no patamar de 6,5% por bastante tempo", diz o sócio e gestor da Rosenberg Investimentos, Marcos Mollica. As elevações de juros, na avaliação do especialista, só viriam no segundo semestre de 2019. "E, mesmo assim, moderadas", acrescenta.
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