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Ibovespa tem leve queda, mas mostra resistência ante exterior

24/04/2018 17h47

O Ibovespa voltou a ter um dia de oscilação modesta e fechou perto da estabilidade, mais uma vez "preso" ao patamar dos 85 mil pontos. Apesar da falta de ânimo hoje, o índice demonstrou força ante o exterior, onde a pressão da alta dos juros dos Treasuries derrubou as bolsas americanas.

Após ajustes, o Ibovespa teve leve queda de 0,16%, aos 85.469 pontos. O índice oscilou pouco mais de mil pontos da mínima em 85.106 pontos à máxima em 86.578 pontos e também teve um giro de pouco brilho, de R$ 7,3 bilhões.

O movimento financeiro pequeno comprova que os investidores não encontram justificativas para ampliar exposição à bolsa, mas tampouco se sentem estimulados a sair dos ativos. Faltam elementos para o mercado que indiquem um caminho, cenário que leva o Ibovespa ao quarto pregão seguido "travado" entre 83 mil pontos e 85 mil pontos.

A preocupação com a alta do juro básico nos Estados Unidos tomou força recentemente depois que o rendimento dos Treasuries ultrapassou 3%, nos maiores patamares desde 2014. O movimento pressiona o mercado de renda variável globalmente e foi o que levou o Dow Jones, o Nasdaq e o S&P 500 a quedas de quase 2%. Nesse contexto, operadores destacam que o Ibovespa teve um comportamento até bastante resiliente, embora o tombo de Nova York tenha impacto sobre o mercado local.

De um lado, ativos de importante peso e giro na bolsa de valores ficaram no campo negativo, caso do Itaú Unibanco PN (-0,49%), Petrobras ON (-0,33%) e Petrobras PN (-0,36%), sendo a última o maior giro do dia, de R$ 1 bilhão

Na outra ponta, o destaque foi o ganho mais forte da Vale (+1,71%), o segundo maior volume financeiro. A ação teve importante desempenho depois que o Credit Suisse elevou o preço-alvo e recomendou a compra dos recibos de ações (ADRs) da mineradora.

Entre as oscilações, a maior alta do dia foi Qualicorp (+5,16%), que permanece na carteira de ativos favoritos da América Latina para bancos como o Credit Suisse, seguida por Cosan (4,63%), que garantiu avanço forte depois que a Raízen Energia, joint venture com a Shell, adquiriu um negócio de refino e abastecimento na Argentina.