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FGV: Confiança da indústria recua em abril com piora de expectativas

26/04/2018 08h43

A confiança da indústria diminuiu em abril, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice que mede esse sentimento marcou 101 pontos, ante 101,7 pontos em março. A entidade observa, contudo, que, "após nove altas consecutivas, a queda de abril não é suficiente para alterar a trajetória da confiança industrial".

"O índice permanece acima dos 100 pontos, indicando prevalência de respostas favoráveis e otimistas na pesquisa. Com relativa estabilidade nas avaliações sobre o momento presente e piora nas expectativas, o setor parece reagir ao ritmo mais lento do que o esperado na recuperação da economia e ao aumento da incerteza associado à proximidade das eleições", afirma Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV-Ibre.

A confiança industrial recuou em nove dos 19 segmentos industriais em abril. Após acumular alta de 4,8 pontos nos dois meses anteriores, o Índice de Expectativas (IE) cedeu 1,3 ponto, para 101,5 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) diminuiu 0,1 ponto, para 100,5 pontos.

A percepção sobre o nível de estoques foi o único componente do ISA a registrar piora no mês. De todo modo, a pesquisa não retrata aumento relevante de estoques, segundo a FGV: o percentual de empresas que consideram o nível de estoques como excessivo passou de 8,1% para 8,3% entre março e abril, enquanto o das que o consideram insuficiente caiu de 5,5% para 4,5% do total.

Após evoluir favoravelmente por dois meses consecutivos, as expectativas com a evolução do pessoal ocupado nos três meses seguintes voltaram a piorar em abril, consistindo na principal contribuição para a queda do IE. Houve diminuição da proporção de empresas prevendo aumento do quadro de pessoal, de 22,6% para 18,6%, e aumento da proporção das que esperam redução, de 9,5% para 11,5%.

O levantamento trouxe ainda que, na terceira alta seguida, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 0,4 ponto percentual entre março e abril, para 76,5%, o maior desde maio de 2015 (76,6%).

A pesquisa coletou informações de 1.057 empresas entre os dias 2 e 24 de abril.