Polo petroquímico do ABC para; Suzano e Marcopolo suspendem operação
(Atualizada às 10h47) Em razão da greve dos caminhoneiros, as empresas que formam o polo petroquímico do Grande ABC informaram a parada de suas operações a partirdesta segunda-feira (28), por tempo indeterminado, informou o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (Cofip ABC), em nota.
O polo petroquímico é formado por 14 empresas de primeira e segunda geração da indústria, como Braskem, AkzoNobel, Liquigás, Ultragaz, entre outras.
Segundo o comitê, em consequência dos bloqueios das rodovias, as empresas apresentam dificuldades com escoamento da produção e recebimento de matérias-primas. "As empresas também estão preocupadas com as carretas de produtos químicos perigosos que se encontram em bloqueios em estradas do Estado de São Paulo", afirmou o Comitê.
Para o Cofip ABC, a parada refletirá drasticamente na economia da região, devido ao tempo que a greve pode durar e ao processo logístico das empresas, que pode levar semanas para retomar em sua totalidade.
Outro ponto destacado pelo comitê, em nota, diz respeito à segurança. Segundo eles, a parada temporária será feita de acordo com normas internacionais de segurança da indústria petroquímica, que utiliza o acionamento de flare, um dispositivo de segurança que queima gases contidos dentro da fábrica.
Braskem
Na terça-feira (22), a Braskem havia informado, em nota, que acompanhava a greve dos caminhoneiros. "A Braskem vem monitorando o movimento nas principais rodovias e informa que a paralização poderá gerar eventuais impactos nas entregas a seus clientes", disse à época.
Em nota de ontem (27), a companhia informou que "vem tomando medidas para mitigar" os efeitos da paralisação "sobre a produção e sobre as entregas aos clientes".
No Brasil, a Braskem tem operações em Mauá (SP), Santo André (SP), Paulínia (SP), Cubatão (SP), Duque de Caxias (RJ), Triunfo (RS), Maceió (AL), Marechal Deodoro (AL) e Camaçari (BA).
No início da manhã de hoje, todas as unidades industriais da Braskem seguiam em operação.
Suzano
A Suzano Papel e Celulose informou nesta segunda-feira, em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que suspendeu as operações em todas as unidades fabris por causa da greve dos caminhoneiros.
Diversas fábricas de celulose e papel, em todo o país, já vinham operando com capacidade reduzida desde sexta-feira (25) por causa da paralisação.
Há relatos de dificuldade no recebimento de insumos essenciais à operação, como químicos e madeira, e no escoamento dos volumes já fabricados.
"Mesmo tendo adotado todas as medidas para minimizar os impactos da greve dos caminhoneiros, a Suzano foi obrigada a paralisar as suas operações em virtude de tal greve", informou a companhia.
Marcopolo
A fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo informou hoje que suspendeu as atividades de suas fábricas no Brasil por conta da paralisação dos caminhoneiros, que provocou o desabastecimento de suas linhas de produção.
Segundo a companhia, a interrupção das atividades começa hoje e irá até sexta-feira (1º). O retorno pode ser antecipado caso a empresa volte a receber peças e outros insumos.
"A paralisação da produção foi aprovada após votação dos colaboradores. Para cumprir o compromisso de entregas aos clientes, haverá compensação das horas paradas", diz a Marcopolo, em nota.
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