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Safra de soja deve encostar em 92 milhões de toneladas

24/01/2014 12h02

Nunca houve dúvidas de que a safra brasileira de soja em 2013/2014 seria a maior da história. Desde que a produção anterior foi comercializada a preços adequados, já se sabia que a opção mais viável para a atual temporada seria mesmo o cultivo da oleaginosa.

A obtenção de uma safra recorde, portanto, dependeria de condições climáticas adequadas. E neste ano não houve decepções com o clima.

Com a colheita tendo início no Centro-Oeste do país, os rendimentos iniciais sinalizam que a safra brasileira irá superar todas as projeções, encostando em 92 milhões de toneladas.

Levantamento divulgado no dia 24 de janeiro por Safras & Mercado aposta em uma produção de 91,8 milhões de toneladas, superando em 12% a safra anterior, de 82,1 milhões de toneladas.

Se confirmado, este número coloca o Brasil no topo do ranking de produtores mundiais da oleaginosa, superando com sobras os Estados Unidos.

A mudança de patamar se deu por dois aspectos. Nunca se plantou tanta soja no Brasil. A área cresceu 6% sobre o ano anterior, atingindo 29,5 milhões de hectares.

Todos os estados produtores do país aumentaram a semeadura, com destaque para as novas fronteiras das regiões Norte e Nordeste.

Além de uma área maior, a perspectiva é de que o rendimento também supere a produtividade obtida no ano passado e também as expectativas iniciais. O mês de janeiro foi decisivo para essa melhora, com clima favorecendo de forma generalizada o bom desenvolvimento das lavouras.

O cenário positivo para a sojicultura brasileira se completa com os preços favoráveis. Mesmo que as cotações futuras em Chicago, principal referencial para a comercialização global da commodity, venham sentindo moderadamente esta perspectiva de uma safra cheia no Brasil e também na Argentina, as cotações ainda superam a média histórica.

Com a demanda chinesa assegurada, dificilmente as cotações recuaram muito ao longo de 2014.

A perspectiva, portanto, é de uma comercialização positiva para a oleaginosa. O sojicultor brasileiro tem tudo para colher uma grande safra e vendê-la por preços remuneradores, encaminhando, quem sabe, novos recordes para as próximas temporadas.