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Bancos fecharam 3.746 empregos no primeiro semestre, diz pesquisa

Do UOL, em São Paulo

18/07/2014 19h00

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (18) pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) mostra que os bancos fecharam 3.746 postos de trabalho no primeiro semestre de 2014.

O número é resultado de 16.713 contratações e 20.459 desligamentos. De acordo com o levantamento, além do corte de vagas, a rotatividade seguiu elevada no período.

As maiores reduções de postos de trabalho ocorreram em São Paulo (-1612), Rio Grande do Sul (-608), Rio de Janeiro (-436) e Minas Gerais (-395).

Enquanto os bancos privados e o Banco do Brasil eliminaram postos de trabalho, a Caixa Econômica Federal abriu 1.649 novas vagas no mesmo período. O Estado com maior saldo positivo foi o Pará, com geração de 142 vagas.

Febraban diz que bancários tiveram "crescimento vertiginoso" em dez anos

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) diz que, neste ano, fez mais contratações do que demissões. Segundo a entidade, dados do Caged (do Ministério do Trabalho) mostram que o setor bancário admitiu cerca de 16.700 profissionais este ano e demitiu 11.600 bancários sem justa causa.

A organização que representa os bancos também afirma que, nos últimos dez anos, o quadro de bancários apresentou um "crescimento vertiginoso", indo de 390 mil pessoas para mais de 500 mil.

Salário médio dos funcionários admitidos é de R$ 3.283

Segundo a pesquisa, o salário médio dos admitidos pelos bancos nos primeiros seis meses do ano foi de R$ 3.283,30 contra o salário médio de R$ 5.208,94 dos desligados.

Assim, os trabalhadores admitidos receberam valor médio equivalente a 63% da remuneração dos que saíram.

Bancárias continuam ganhando menos

Apesar de representarem metade da categoria, as mulheres continuam ganhando menos do que os homens.

Enquanto a média dos salários dos homens na admissão foi de R$ 3.753,98 no primeiro semestre, a remuneração das mulheres ficou em R$ 2.805,40, valor que representa 74,7% do valor de contratação dos homens.

Já a média dos salários dos homens no desligamento foi de R$ 5.981,89 no período, enquanto o das mulheres foi de R$ 4.385,35, equivalente a 73,3% da remuneração dos homens.