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Febraban: número de bancários teve "crescimento vertiginoso" em 10 anos

Do UOL, em São Paulo

18/07/2014 19h02

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira (18) pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) mostra que os bancos fecharam 3.746 postos de trabalho no primeiro semestre de 2014.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) diz que, neste ano, fez mais contratações do que demissões. Segundo a entidade, dados do Caged (do Ministério do Trabalho) mostram que o setor bancário admitiu cerca de 16.700 profissionais este ano e demitiu 11.600 bancários sem justa causa.

A Febraban também afirma que, nos últimos dez anos, o quadro de bancários apresentou um "crescimento vertiginoso", indo de 390 mil pessoas para mais de 500 mil.

Leia a seguir a íntegra da nota da Febraban:

"Dados do Caged, de janeiro a junho de 2014, mostram que o setor bancário admitiu cerca de 16.700 profissionais este ano e demitiu 11.600 bancários sem justa causa. Dos cerca de 6.000 bancários que pediram demissão no período, uma parte ainda não foi substituída. Ainda é preciso destacar que essas demissões sem justa causa apontadas pelo Caged representam aproximadamente 2% do quadro de funcionários, enquanto que as admissões estão em torno de 3% do total.

Vale ressaltar que, nos últimos dez anos, o quadro de funcionários no setor bancário apresentou um crescimento vertiginoso: saiu de 390 mil pessoas para mais de 500 mil bancários.  Além disso, a taxa anual de rotatividade de bancários é de apenas 4,5% -considerando os funcionários desligados por iniciativa do empregador e sem justa causa– enquanto que a média no Brasil está em 50%, segundo dados do Dieese. Os funcionário de bancos permanecem, em média, dez anos na mesma instituição financeira.

O setor bancário está entre os setores que mais valorizam a carreira dos profissionais, tanto que apresenta uma das melhores médias salariais do mercado de trabalho. O salário médio dos bancários ultrapassa os R$ 5.000,00, representados não só pela valorização em função da Convenção Coletiva de Trabalho, mas mostra também uma oxigenação nas áreas, em função de promoções de funcionários e da valorização das equipes internas.

Quem deixa um banco tem, em média, mais de 100 meses de casa, tempo muito mais longo que a média de 18 meses de quem troca de emprego em outros setores. Essa política permite aos bancários  desenvolver carreiras exitosas nas instituições financeiras."