Fidelidade a empresa é ponto comum entre grandes executivas, conclui estudo
Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, analisou a trajetória profissional de 24 diretoras executivas de gigantes multinacionais, todas presentes na lista das 500 maiores empresas da revista "Fortune".
A conclusão é que a maioria conseguiu o posto mais alto após construir a carreira na mesma empresa, começando de baixo, e não trocando de companhias. Esse é o caso de Mary Barra, atual presidente da General Motors, que iniciou sua trajetória como uma espécie de estagiária da multinacional.
As autoras do estudo, Sarah Dillard e Vanessa Lipschitz, concluíram que foco e estabilidade foram decisivos para que as executivas chegassem aos seus postos atuais.
Apenas três profissionais analisadas conseguiram bons cargos em grandes bancos ou empresas de consultoria assim que saíram da faculdade.
A maioria das mulheres da pesquisa, 70%, permaneceu na mesma empresa por pelo menos dez anos antes de ser promovida a presidente. Mesmo aquelas que chegaram ao topo de uma companhia sem construir sua carreira nela ficaram anos em um mesmo local.
Exemplo disso é Sheri McCoy, que trabalhou 30 anos na Johnson & Johnson, não foi promovida a diretora-executiva, mas hoje ocupa este cargo na Avon.
Outro dado da pesquisa, mostra que 20% começaram justamente na empresa que lideram agora.
O estudo também evidenciou que o mercado de trabalho ainda é injusto com as mulheres. Elas demoram, em média, 23 anos em uma mesma empresa para chegar ao cargo mais alto. Esse período cai para 15 anos no caso dos homens, considerando a carreira de presidentes das 500 maiores da "Fortune".
Quase a metade dos homens, 48%, fez carreira na mesma empresa antes de liderá-la. Esse número sobe para 71% no caso das mulheres.
Ter um diploma de uma grande faculdade norte-americana ou MBAs das melhores escolas não é tão importante quanto pode se pensar.
Das 24 executivas, apenas duas são formadas em uma universidade da "Ivy League", grupo das oito mais antigas e prestigiadas dos EUA, e 25% fizeram um MBA em uma das dez melhores escolas do país.
A conclusão das autoras é que, apesar de esses títulos serem importantes, não são necessariamente decisivos para que a profissional chegue ao topo de uma companhia.
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