3 passos para escolher o melhor investimento para você e seus sonhos
A coluna de hoje é para quem já tentou investir o seu dinheiro, descobriu que existem inúmeras possibilidades e ficou sem ideia de qual seria a melhor para o seu caso.
Para que você não tenha mais esse problema, vou explicar abaixo os três passos necessários para você tomar as suas decisões de investimento com segurança. Guarde esse texto para consultar sempre que precisar.
1. Defina para que você quer investir aquele dinheiro
Na verdade, antes de olhar quais as aplicações disponíveis no banco ou na corretora, é preciso se perguntar: "Por que estou investindo?" Pelos relatos que ouço dos meus clientes e alunos, vejo que na maior parte das vezes as pessoas se confundem porque não sabem bem por que estão investindo aquele dinheiro. De fato, você poderia ter escolhido gastar o dinheiro imediatamente, mas alguma coisa o fez pensar que seria melhor investir. Que coisa foi essa?
Para ajudar, vou colocar aqui algumas motivações comuns. Em geral, as pessoas investem:
- Para usar no caso de uma emergência ou necessidade imprevista
- Para comprar um produto ou serviço específico, como um carro, um imóvel ou uma viagem
- Para pagar estudos ou gastos futuros dos filhos
- Para se aposentar
- Para aumentar o patrimônio, sem um propósito específico
Veja quais desses mais se aproximam da sua necessidade no momento e avance para o passo 2.
2. Estipule um prazo e o risco
Agora você vai definir se a sua necessidade terá um prazo específico. Você também deve saber qual o nível de risco que você está disposto a assumir.
Reserva de emergência não pode ter risco. Se o objetivo for deixar o dinheiro guardado para eventuais emergências ou situações inesperadas, é preciso que a aplicação não tenha risco e que você possa resgatar o valor (total ou parcial) em qualquer momento, sem risco de prejuízo. Os investimentos que atendem essa necessidade são os chamados pós-fixados com liquidez diária.
Para investimentos com objetivo de comprar um bem ou serviço, em geral existe um prazo certo. Por exemplo, "quero dar entrada na minha casa própria daqui a cinco anos" ou "quero guardar dinheiro para as próximas férias". Nesse caso, você provavelmente também não vai querer correr riscos, pois isso poderia forçar você a desistir da sua compra. Os investimentos com essas características (baixo risco e prazo definido) são CDB, LCA ou LCI com prazo definido ou os títulos do Tesouro que tenham um prazo próximo ao que você precisa.
Se o dinheiro for para longo prazo (como se aposentar ou pagar a faculdade do filho que ainda é pequeno) ou prazo indefinido (apenas aumentar o patrimônio), seu investimento pode ser em títulos de longo prazo (como Tesouro e CDBs de longo prazo), caso não queira correr riscos.
Ou ainda, você pode partir para investimentos de renda variável, como ações e fundos imobiliários. Esse tipo de ativo tem um risco maior. No passo 3 você vai entender melhor como saber se está disposto a correr algum risco.
3. Compare a rentabilidade
Somente após definir o porquê de estar investindo e qual é o prazo necessário é que você deve começar a comparar a rentabilidade das aplicações disponíveis.
Caso o seu dinheiro seja para emergência, as opções de baixo risco e liquidez diária existentes no mercado são as seguintes: poupança, fundo DI e Tesouro Selic (um dos títulos do Tesouro Direto). Entre essas três opções, o Tesouro Selic é a mais rentável. Já o fundo DI, se tiver uma taxa de administração inferior a 1% ao ano, terá um rendimento muito próximo ao do Tesouro Selic e é mais prático porque não requer que você abra conta em uma corretora. Vai de cada um decidir se quer o mais prático (fundo DI) ou o que rende um pouco mais (Tesouro Selic).
A poupança é tão prática quanto um fundo DI, mas a rentabilidade é muito mais baixa, então não vale a pena. Algumas pessoas usam CDB, LCA e LCI para reserva de emergência. Eu, particularmente, sou contra, porque esses ativos têm um risco um pouco maior do que o Tesouro Selic e os fundos DI.
Quanto ao dinheiro para comprar um bem ou serviço específico, o ideal é que você divida em aplicações prefixadas, pós-fixadas e indexadas à inflação, para diluir o seu risco
Assim, você entra em contato com o seu gerente ou assessor e faz três perguntas:
- "Qual é o investimento pós-fixado mais rentável que você tem com vencimento no mês tal, ano tal?"
- "Qual é o investimento prefixado mais rentável?"
- "Qual é o investimento indexado à inflação mais rentável?"
Diga a ele que você quer a rentabilidade líquida, ou seja, descontado o Imposto de Renda. Ao receber as respostas, você já terá escolhido os investimentos. Basta dividir o seu dinheiro em três partes iguais: uma para um investimento pós-fixado, outra para um indexado à inflação e a terceira para um prefixado.
No caso de investimentos de longo prazo (estudo dos filhos, aposentadoria e aumento do patrimônio), a comparação de rentabilidade é mais difícil porque inclui renda variável, que é arriscada e menos previsível. Assim, é preciso pedir para um consultor financeiro profissional calcular quanto você vai ter de patrimônio no futuro se deixar o dinheiro somente em aplicações de baixo risco. Depois, peça que faça simulações para investimentos mais arriscados, como fundos imobiliários e ações.
Comece aos poucos. Dessa forma, ao comparar as rentabilidades, você vai sentir se ficará tentado a colocar uma parte do dinheiro em renda variável, para tentar fazê-lo render mais. O mais recomendado é começar colocando apenas uma pequena parte (5% a 10%) em renda variável. Com o tempo, você vai sentir a oscilação desses investimentos e saberá decidir se quer ir aumentando aos poucos a exposição a ativos de maior risco.
Alguma dúvida?
Tendo alguma dúvida sobre investimentos, me siga no Instagram e envie uma mensagem por lá. Sua pergunta poderá ser respondida em breve nesta coluna.
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