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Quais os investimentos mais buscados pelos brasileiros e quanto eles rendem

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Os investidores estão, cada vez mais, buscando opções na renda variável. Com a queda da taxa Selic, cresce o interesse em fundos e ações. Segundo o buscador de investimentos Yubb, os fundos multimercado são o segundo ativo mais buscado por quem quer aplicar seu dinheiro, e ações estão na quarta posição. Em primeiro lugar, os CDBs continuam em destaque, assim como nos últimos meses.

A taxa Selic caiu de 13,75% para 13,25% - e deve ser cortada ainda mais nas próximas reuniões do Banco Central. Por isso, a renda fixa passa a ser um pouco menos rentável. Em julho, os investidores passaram a buscar mais opções na renda variável - e menos na renda fixa. Na comparação com junho, as LCIs e LCAs passaram da 2ª para a 3ª posição e o Tesouro Direto caiu do 4º para o 7º lugar. Essa lista leva em consideração o interesse dos investidores - e não os investimentos nos quais as pessoas mais aplicam seu dinheiro.

Confira a lista abaixo.

1 - CDBs

Certificados de Depósito Bancário (CDBs) se mantêm em 1º lugar na procura dos investidores. De acordo com o Yubb, isso acontece desde dezembro de 2022.

Os CDBs são uma espécie de empréstimo que o investidor faz a uma instituição financeira. Em troca, o banco oferece um retorno atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário, que costuma girar em torno de 0,10 ponto porcentual abaixo da Selic) por um período determinado. O dinheiro é utilizado para oferecer empréstimos a outros clientes. Há CDBs prefixados (em que a pessoa sabe o quanto vai receber já no momento da contratação), pós-fixados (atrelados à Selic) e os atrelados à inflação.

Por conta do risco, o retorno costuma ser maior em instituições financeiras menores. O rendimento acumulado em 12 meses dos CDBs em bancos pequenos chegou a 16,37% e, em bancos grandes, a 10,91% até o dia 11 de agosto, segundo a Yubb. Veja aqui se vale deixar o dinheiro em CDBs e onde investir com a perspectiva de novos cortes na Selic.

2 - Fundos multimercados

Fundos multimercados subiram uma posição na lista. Esses fundos podem investir em diferentes classes de ativos ao mesmo tempo, como ações e câmbio, e inclusive na renda fixa. Por isso, cada um têm um nível de risco diferente. Normalmente, os gestores têm mais liberdade para escolher a composição do fundo, já que buscam oferecer um retorno mais elevado do que a média do mercado. Os fundos renderam 9,94% nos últimos 12 meses até julho, segundo o Trademap.

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3 - LCIs e LCAs

Apesar da queda no ranking, LCIs e LCAs continuam em alta. As LCIs (Letra de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio) são títulos de renda fixa disponibilizados pelos bancos para fazer novas captações e oferecer dinheiro para pessoas físicas e empresas nos setores imobiliários e do agronegócio. Assim como os CDBs, a sua remuneração pode ser fixa, seguir a Selic ou a inflação.

O grande diferencial das LCIs e LCAs é a isenção do Imposto de Renda sobre os rendimentos das pessoas físicas. Já as empresas seguem a tabela regressiva do IR, começando em 22,5%, para até 180 dias, até 15%, após 721 dias.

4 - Ações

Ações são um dos destaques. Com a perspectiva de mais cortes na taxa básica de juros, os papéis de empresas estão sendo mais procurados pelos investidores, já em julho. Com isso, O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou alta de 18,20% nos últimos 12 meses até julho.

Há um consenso entre analistas de que a Bolsa está barata, mas não se sabe quando ela deve começar a deslanchar. A queda acumulada de agosto é de 4,21%, considerando o fechamento do dia 15.

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5 - LC/RDB

Letras de câmbio (LCs) e Recibos de Depósito Bancário (RDBs) sobem um lugar. Apesar de serem pouco conhecidos, as LCs e RDBs são uma alternativa na renda fixa. As LCs podem ser adquiridas em corretoras, bancos ou plataformas de investimento, enquanto os RDBs só podem ser encontrados nas empresas emissoras dos títulos.

A grande diferença para a renda fixa mais usual é que esses papéis não costumam ter liquidez diária, ou seja, o investidor só pode ter acesso ao dinheiro na data de vencimento. Isso justifica as rentabilidades um pouco mais elevadas. Segundo o Yubb, os RDBs renderam 17,73% no acumulado dos últimos 12 meses até o dia 11 de agosto.

6 - Fundos imobiliários

Fundos imobiliários (FIIs) caem uma posição. É uma mudança de cenário, uma vez que os FIIs vinham subindo desde abril. Nesse investimento, é como se os investidores comprassem um "pedacinho" (as cotas) dos imóveis dos fundos, que pode ser um prédio comercial, residencial, de shoppings centers, escolas ou galpões logísticos - ou ainda em dívidas de empresas que querem construir um imóvel. Em troca, os investidores recebem os aluguéis ou pagamentos das dívidas, chamados de dividendos.

O Ifix (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários), principal indicador dos FIIs, está em alta. Ele teve rendimento acumulado de 12,94% nos últimos 12 meses até 11 de agosto, segundo a Yubb.

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7 - Tesouro Direto

Investimentos do Tesouro Direto tiveram menos atenção dos investidores no último mês. De junho para julho, eles caíram da 4ª para a 7ª colocação. É uma mudança e tanto de patamar. Para se ter ideia, esses investimentos ocuparam a 2ª posição nas buscas dos investidores em maio.

São títulos do governo para financiar seus investimentos e obras. É como se o investidor disponibilizasse seus recursos ao governo, que em troca oferece juros por um período determinado. Como o Brasil costuma figurar entre os países com juros mais altos do mundo, costuma ser sempre uma alternativa interessante. As opções no Tesouro Direto são parecidas com os CDBs, ou seja, podem ser prefixadas, pós-fixadas ou atreladas ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do país).

Esses papéis estão em alta de 14,59%, em média, nos últimos 12 meses até julho, segundo a plataforma Trademap.

8 - Fundo de ações

Fundos de ações sobem uma posição em julho. Como o próprio nome indica, esses fundos reúnem ações de diversas empresas em um único lugar. Para o investidor, o benefício é não precisar escolher a dedo cada empresa da carteira, tendo um gestor profissional na tarefa de buscar uma rentabilidade mais elevada. Por isso, é sempre muito bem recomendada na renda variável, sobretudo para os mais iniciantes.

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9 - Criptomoedas

Criptomoedas continuam na lista dos mais buscados. Em junho, elas estavam na 8ª posição no ranking do Yubb. As criptomoedas são um tipo de ativo digital descentralizado. Portanto, não dependem de nenhum órgão governamental para funcionar, como os Bancos Centrais.

Na prática, os investidores podem adquirir criptomoedas como bitcoin e ethereum como o próprio investimento ou usá-las na aquisição de produtos e serviços. Como exemplo, existem as NFTs (tokens não-fungíveis, de arte digital). O bitcoin, a principal das criptomoedas, acumula retorno de 11,06%, em reais, nos últimos 12 meses até julho, diz a Trademap.

10 - Debêntures

Debêntures permanecem no mesmo lugar no ranking. Neste título de renda fixa, o investidor vai disponibilizar o dinheiro a empresas de capital aberto na Bolsa de Valores, e não às instituições financeiras ou ao governo. É uma forma de as companhias financiarem suas atividades, como produtos e serviços ou um investimento para a expansão dos negócios, o que é o mais usual. O investidor recebe o seu dinheiro acrescido de juros, como no Tesouro Direto.

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