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Estudo destaca imigração como fator chave no renascimento de Nova York

11/04/2014 21h10

NOVA YORK, 12 Abr 2014 (AFP) - Os imigrantes que chegaram a Nova York nos últimos 40 anos foram um fator chave no renascimento da cidade, à qual tornaram "mais segura, acessível e atraente", segundo um estudo especializado.

"Os dados falam por si: desde a quase bancarrota de meados dos anos 1970, os imigrantes se tornaram um motor da espetacular recuperação da cidade", destaca o documento, publicado esta semana pela ONG Americas Society e o grupo de pressão Council of the Americas.

O estudo de 17 páginas é baseado em números oficiais sobre a população, a criminalidade e a habitação em Nova York.

Foi publicado em um momento em que a grande reforma migratória proposta pelo presidente Barack Obama permanece bloqueada no Congresso e as expulsões de imigrantes ilegais alcançam um recorde nestes últimos anos.

Nova York conta com 8,3 milhões de habitantes, mais de três milhões deles, imigrantes.

Entre 1975 e 2013, os trabalhadores estrangeiros contribuíram para reduzir a taxa de criminalidade, melhorar a situação nos bairros problemáticos e revalorizar a propriedade, escrevem os autores do estudo.

"A cada ponto percentual de aumento da população imigrante em um bairro, o total de crimes cai em uma média de 996 por ano", calcularam. "Até dois terços da baixa de criminalidade pode ser atribuída à imigração", dizem.

Regiões do Bronx ou do Queens, consideradas durante muito tempo como perigosas e praticamente inabitáveis, são cada vez mais povoadas por famílias de camadas intermediárias.

"Nova York tem atualmente (entre seus habitantes) mais gente nascida no exterior do que em qualquer outra cidade do mundo. O sucesso dos imigrantes de Nova York marca o sucesso da cidade", afirma o texto.

Em 1970, 8% da população nova-iorquina tinham nascido no exterior, enquanto hoje a proporção é de 37%, segundo estatísticas da prefeitura.

Os latino-americanos representam um terço dos moradores estrangeiros, seguidos dos asiáticos (28%), os caribenhos não hispânicos (19%), os europeus (16%) e os africanos (4%).