Argentina paga dívida de US$ 3 bi a organismos internacionais
BUENOS AIRES, 15 Ago 2014 (AFP) - O governo argentino anunciou nesta sexta-feira que pagará com reservas do Banco Central 3,043 bilhões de dólares pelos vencimentos da dívida com organismos internacionais, entre eles o BID e o Banco Mundial, informou em sua página na internet.
O governo adota a medida em meio a uma batalha contra os fundos especulativos que ganharam na justiça americana o direito de cobrar o pagamento de 1,33 bilhão de dólares pelos títulos em moratória não renegociados.
O juiz norte-americano que cuida do caso bloqueou o pagamento de 539 milhões de dólares enviado pela Argentina a credores que aceitaram renegociar a dívida, e o país foi declarado em moratória parcial por agências classificadoras de risco.
Consultado, o chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, afirmou em coletiva de imprensa que se trata da "previsão para os vencimentos deste ano" com organismos como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre outros.
A decisão governamental dá continuidade à política de usar as reservas do Banco Central para cumprir compromissos externos com credores privados e instituições multilaterais.
A autoridade monetária tem 29 bilhões de dólares em reservas, a metade em comparação a 2011. Analistas atribuem essa queda a tensões cambiais, falta de crédito externo e fuga de capitais por temores de instabilidade do peso, com uma inflação anual superior a 30%.
A Argentina argumenta que o bloqueio do pagamento imposto pelo juiz viola sua soberania e alega que não pode cumprir a sentença de 1,33 bilhão de dólares pois seria obrigada a dar o mesmo tratamento aos demais credores, de acordo com a cláusula Rufo, prevista nos contratos de reestruturação e que vence em janeiro de 2015.
Caso cumprisse a decisão, a Argentina se veria obrigada a honrar compromissos de mais de 120 bilhões de dólares, quatro vezes o valor de suas reservas monetárias.
O governo adota a medida em meio a uma batalha contra os fundos especulativos que ganharam na justiça americana o direito de cobrar o pagamento de 1,33 bilhão de dólares pelos títulos em moratória não renegociados.
O juiz norte-americano que cuida do caso bloqueou o pagamento de 539 milhões de dólares enviado pela Argentina a credores que aceitaram renegociar a dívida, e o país foi declarado em moratória parcial por agências classificadoras de risco.
Consultado, o chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, afirmou em coletiva de imprensa que se trata da "previsão para os vencimentos deste ano" com organismos como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre outros.
A decisão governamental dá continuidade à política de usar as reservas do Banco Central para cumprir compromissos externos com credores privados e instituições multilaterais.
A autoridade monetária tem 29 bilhões de dólares em reservas, a metade em comparação a 2011. Analistas atribuem essa queda a tensões cambiais, falta de crédito externo e fuga de capitais por temores de instabilidade do peso, com uma inflação anual superior a 30%.
A Argentina argumenta que o bloqueio do pagamento imposto pelo juiz viola sua soberania e alega que não pode cumprir a sentença de 1,33 bilhão de dólares pois seria obrigada a dar o mesmo tratamento aos demais credores, de acordo com a cláusula Rufo, prevista nos contratos de reestruturação e que vence em janeiro de 2015.
Caso cumprisse a decisão, a Argentina se veria obrigada a honrar compromissos de mais de 120 bilhões de dólares, quatro vezes o valor de suas reservas monetárias.
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